BEM-VINDO AO NOSSO BLOG!


Com muita alegria apresentamos o blog da Paróquia Evangélica Luterana Renascer em Cristo , com sede em Rio Branco, AC.


Além da sede, que fica no bairro Estação Experimental, no caminho do aeroporto, temos também um ponto de pregação aqui na capital no bairro Areal.


No interior atendemos Brasiléia, na divisa com a Bolívia, a 230 Km de Rio Branco, e Redenção e Ramal do Bigode, município de Acrelândia, a 110 Km da capital. Outro ponto de pregação fica na estrada que vai a Porto Acre, a 35 Km daqui.


Queremos compartilhar com vocês mensagens, fotos, informações e notícias de nosso trabalho, com o grande objetivo de levar Cristo para todos, especialmente em nosso estado e região, com é o lema de nossa IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil.


Um grande abraço, no amor de Cristo!



Pastor Leandro.






sexta-feira, 28 de outubro de 2016


Culto da Reforma
João 8.31-36
Jesus é a Verdade que nos Liberta!

Se exite uma palavra que cativa, que chama a atenção de cada um de nós, ela certamente é “liberdade”. Podemos até dizer que a “liberdade” existe de diversas formas. As propagandas comerciais vendem a ideia, o desejo de sermos livres, de termos a liberdade para fazermos o que bem queremos”. Algumas pessoas começam a sentir o gostinho de liberdade quando começam a trabalhar, garantindo assim seu sustento próprio e deixando assim de ser dependentes.
Há algo muito profundo dentro de nós que deseja, que aspira pelo sentir-se livre. No entanto, também há algo bem fundo dentro de nós que diz que ainda não o somos.
O texto de João, há pouco lido, fala sobre “liberdade”. E ao mesmo tempo em que ele fala sobre a liberdade, ele aponta para a única forma de consegui-la, ou seja, por meio da “verdade”: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32).
Mas que “verdade” é essa? Em um mundo em que existem várias verdades, vários caminhos, será possível afirmar que existe uma única “verdade que liberta”? Esta poderia ser a pergunta de cada um de nós. Essa foi a pergunta do povo judeu. Como é que eles, que eram descendentes de Abraão, poderiam ser escravos; ou pior ainda, almejavam ser livres? E como poderia algo tão subjetivo como a verdade” os tornar livres? Com a sua objeção os judeus provaram neste diálogo que não eram livres, porque não conheciam a verdade sobre eles mesmos.
O povo judeu não compreendeu que Jesus estava falando da escravidão que atinge a todas as pessoas em todos os tempos; que não faz distinção entre “filhos de Abraão” ou “gentios”, mas que aprisiona a todos: a escravidão do pecado: “Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado” (v. 34).
Esta foi a realidade que Martinho Lutero descobriu, da qual ele próprio sentiu falta em sua igreja: o reconhecimento do pecado humano e da ação graciosa de Deus em nos libertar desta escravidão.
E quando a “verdade” e o permanecer firme na “Palavra” foram sufocados na igreja é que uma reforma se fez necessária. Não uma reforma com vistas à liberdade de crença. Nem mesmo com a intenção de se criar uma nove denominação, mesmo que isto tenha se tornado necessário depois. E muito menos uma reforma para se criar uma nova fé. Mas antes, uma reforma que trouxe de volta aos pecadores o consolo e a graça de Deus; uma reforma que colocou a “verdade que liberta” novamente em primeiro lugar na vida do povo de Deus.
E desta liberdade da qual Jesus fala ao povo e a qual Lutero via como o maior tesouro da igreja. Somente ela nos torna verdadeiramente livres do pecado e da condenação eterna; dos terrores da nossa consciência, que sempre de novo nos mostra o quão pecadores somos e o quão longe estamos de Deus. E a verdade que nos traz liberdade é esta: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” v. 36).
Nestas palavras repousam toda esperança, toda liberdade, todo consolo que a “verdade” que liberta pode trazer. Paulo reflete sobre ela da seguinte maneira: “Que Deus estava com Cristo (Filho, verdade) reconciliando consigo o mundo” (2Co 5.18). Negar esta verdade significa negar a própria liberdade.
Quando colocamos a nossa confiança em outros caminhos, em outas verdades, estamos longe de conseguirmos a verdadeira liberdade. E quando isto acontece, nossa fé está em perigo, a nossa salvação está em perigo, a nossa vida está em perigo. E isso tudo acontece porque estes caminhos são falsos. E eles nos desviam da Verdade”, do “Filho”, e de tudo aquilo que ele fez para nos dar a liberdade e a vida. E quando isto acontece, necessitamos urgente de uma nova reforma. Uma reforma que, assim como aconteceu com Lutero e a igreja do século XVI, coloque novamente Cristo no centro da pregação e da ida do povo de Deus, da sua Igreja.
Este é o único e verdadeiro caminho que conduz a cada um de nós à liberdade; que nos traz perdão, consolação e esperança; que revela a nós o amor de Deus e sua misericórdia. Quem nos dá a vida eterna é o Salvador Jesus. É em sua morte e ressurreição que encontramos a “Verdade” libertadora.
O reformador Martinho Lutero compreendeu muito bem o valor da obra de Jesus em favor de todos. Ele escreveu: “Creio que Jesus Cristo… é meu Senhor. Pois me remiu a mim, homem perdido e condenado, me resgatou e salvou de todos os pecados, da morte e do poder do diabo; não com ouro ou prata, mas com seu santo e precioso sangue e sua inocente paixão e morte, para que eu lhe pertença...” (Explicação do 2º Artigo do Credo, Catecismo Menor).
Lutero via perdão e liberdade na morte e ressurreição de Jesus – liberdade do pecado, da morte e do poder do diabo. E agora, por meio de Jesus, ele reconhece que também se torna filho de Deus.
Quando confessamos que somente em Jesus encontramos a verdade que liberta, também reconhecemos que recebemos dele vida, perdão e liberdade. E somos também tornados filhos de Deus.
Certamente temos muitas ideias sobre liberdade. E talvez nenhuma delas nos dê a verdadeira definição do que é liberdade. Mas Jesus nos mostrou onde podemos encontrar a verdadeira liberdade – uma liberdade que traz a cada um de nós vida, perdão e salvação; que nos liberta da escravidão do pecado, da morte e do diabo e que nos dá a certeza do amor de Deus por nós; uma liberdade que aponta para o único e verdadeiro caminho para a nossa salvação: Jesus Cristo. É por meio desta liberdade que podemos com confiança afirmar “Jesus Cristo é a Verdade que nos liberta”. Amém.