BEM-VINDO AO NOSSO BLOG!


Com muita alegria apresentamos o blog da Paróquia Evangélica Luterana Renascer em Cristo , com sede em Rio Branco, AC.


Além da sede, que fica no bairro Estação Experimental, no caminho do aeroporto, temos também um ponto de pregação aqui na capital no bairro Areal.


No interior atendemos Brasiléia, na divisa com a Bolívia, a 230 Km de Rio Branco, e Redenção e Ramal do Bigode, município de Acrelândia, a 110 Km da capital. Outro ponto de pregação fica na estrada que vai a Porto Acre, a 35 Km daqui.


Queremos compartilhar com vocês mensagens, fotos, informações e notícias de nosso trabalho, com o grande objetivo de levar Cristo para todos, especialmente em nosso estado e região, com é o lema de nossa IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil.


Um grande abraço, no amor de Cristo!



Pastor Leandro.






segunda-feira, 24 de junho de 2013

Muito perdão gera muito amor!

Leia em sua Bíblia Lucas 7.36-50 e Salmo 32.1-7




Estimados irmãos e irmãs no Salvador Jesus.

O estudioso da Bíblia Martin Franzmann, comentando sobre a história dos dois devedores em Mateus 18, escreveu: “O reino dos céus significa que Deus, o Rei, por pura compaixão divina perdoou a dívida e libertou o prisioneiro. Portanto existe uma ‘necessidade’ de perdão na vida do discípulo, uma compulsão de misericórdia que não pode ser negada. O perdão é o chão onde o discípulo caminha, e o ar que ele respira; ele só existe em termos de perdão. A Palavra do perdão que a igreja ouve enche a igreja com perdão... Um homem... morre se ignorar isto. O discípulo que não quer viver para com seu próximo na Palavra de perdão que ele ouviu do seu Deus perde o direito à Palavra perdoadora de Deus. Se ele violar a comunhão com o irmão que Deus colocou do seu lado, ele perde o direito à sua comunhão com Deus” (Segue-me, p. 154-156 no original em inglês).

No Salmo 32 Davi nos fala de seus sentimentos de angústia enquanto não confessou seu pecado ao Senhor, e de alegria e alívio quando foi perdoado, como podemos ver em 2 Samuel 11 e 12.

Em Gálatas 2.15-21, 3.10-14 vemos que Deus nos aceita por meio da fé em Cristo, em quem temos perdão e salvação, e não por cumprir leis ou obras humanas.

E no evangelho de Lucas 7.36-50 temos o relato da mulher pecadora que mostrou grande amor a Jesus lavando seus pés com suas lágrimas e secando com seus cabelos, beijando os pés de Jesus e derramando um perfume neles.

Ao ser criticado pelo dono da casa por deixar aquela mulher considerada pecadora e de má fama tocar nele, Jesus contou uma pequena história de dois devedores que foram perdoados, mas com uma diferença – um deles devia dez vezes mais que o outro. Confira novamente o que Jesus disse nos versículos 42c-47.

Em outras palavras, Jesus mostrou a Simão que a demonstração de amor da mulher não foi feita para conquistar o perdão de Jesus, o que seria impossível, como vemos na leitura de Gálatas, mas justamente para mostrar o quanto ela se sentia perdoada e amada pelo Mestre. Enquanto isso, o dono da casa não demonstrou a Jesus sequer a boa educação que se esperava naquela época para com um convidado.

O que Simão fez não é diferente do que nós muitas vezes fazemos ainda hoje: olhamos para os pecados do outro e nos esquecemos que somos tão pecadores como qualquer pessoa. Como diz Jesus em Mateus 7.3, por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Ou usando um ditado que conhecemos, “o macaco nunca olha para o seu próprio rabo...”

Se fazemos isso com muita frequência e não queremos dar ao outro o mesmo perdão que recebemos de graça de nosso Pai, então o perdão não está sendo o ar que respiramos e o chão no qual caminhamos, e o diabo está nos vencendo na luta espiritual.

Jesus diz que o seu Espírito nos convence do pecado (Jo 16.8). Então, se não nos achamos tão pecadores assim e que temos o direito de negar o perdão ao outro, demonstrando pouco amor, como o fariseu Simão, é porque talvez não estamos deixando a Palavra do Senhor enraizar-se em nosso coração e o Espírito agir em nós.

Outro ditado que conhecemos diz que “mente desocupada é oficina do diabo”. Por isso, se reconhecemos que Deus, através de Cristo, nos perdoou e perdoa muito todos os dias, em vez de ficarmos fiscalizando o pecado e os defeitos dos outros, criticando e julgando, demonstremos muito amor a Jesus como fez aquela mulher. E como fazemos isso hoje? Você pode, por exemplo:

·      Dar aula ou auxiliar na Escola Bíblica;
·      Visitar doentes e necessitados, especialmente os irmãos na fé;
·      Visitar ou telefonar para pessoas que visitaram sua congregação, ou que estão afastadas da comunhão de fé;
·      Ajudar no serviço social da congregação;
·      Ajudar mães ou pais solteiros ou viúvos a criar seus filhos;
·      Ajudar no trabalho missionário e evangelístico da congregação, distribuindo folhetos e material da igreja em seu bairro, trabalho, escola, etc;
·      Perguntar ao seu pastor e diretoria sobre outras oportunidades de ajudar no trabalho do Reino de Deus, dentro e fora da igreja.

Lembramos hoje (24.06) os 109 anos de nossa IELB. São anos de muitas bênçãos do Senhor sobre nossos antepassados e sobre nós hoje, anos em que o nosso pecado abundou, mas o perdão de Deus superabundou, como diz o apóstolo Paulo.

Temos como lema “Cristo para todos” e, no entanto, nosso crescimento numérico é minúsculo. É sempre oportuno, então, fazermos autocrítica e nos perguntamos: por que crescemos tão timidamente, se há mais de 20 anos repetimos esse lema tão bonito?

Será que um dos motivos não é porque agimos como o fariseu, que achou que aquela mulher aos pés de Jesus não era digna do perdão? Ou seja, na prática nem sempre o nosso Cristo é para todos mesmo? Ou quem sabe muitas vezes agimos como Davi, que durante muito tempo tentou esconder seu pecado, como lemos no Salmo 32 – tentamos encobrir nossos pecados, nosso comodismo e frieza com todo tipo de desculpas, às vezes atacando e criticando os outros para desviar a atenção dos nossos próprios pecados?

Que maravilha, meus irmãos, que o Jesus que aceitou a demonstração de amor daquela mulher pecadora é o mesmo Jesus que diz a nós hoje o que disse a ela: Os seus pecados estão perdoados. A sua fé salvou você. Vá em paz.

Quando Davi, depois de ouvir a história e a repreensão do profeta Natã, disse: Eu pequei contra Deus, o SENHOR, imediatamente o profeta lhe respondeu: O SENHOR perdoou o seu pecado, você não morrerá. Por isso ele exclama no Salmo 32: Feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga!


Este Deus oferece diariamente a mim, a vocês e a todos os pecadores o mesmo perdão que ofereceu a Davi, à mulher pecadora e também ao fariseu Simão. E Ele mesmo nos move, através da sua Lei, a reconhecermos e confessarmos nossos pecados, para então receber seu gracioso perdão através do Evangelho.

Este, meus irmãos, é o grande e principal “produto” ou “mercadoria” que nós, como cristãos luteranos da IELB, oferecemos ao mundo em que vivemos, às pessoas que Deus coloca em nosso caminho no dia a dia: o perdão de Deus que recebemos em Cristo.

Ao celebrarmos 109 anos de trabalho e bênçãos do Senhor sobre nós aqui no Brasil, lembremos da palavra de Jesus a Simão: o grande amor que ela mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados. Mas onde pouco é perdoado, pouco amor é mostrado. Ou seja, muito perdão gera muito amor!

Que o muito perdão que recebemos em Cristo produza em cada um de nós muito amor a Jesus, que vamos demonstrar amando sua Palavra – valorizando os cultos, estudos bíblicos e oportunidades de crescer no conhecimento e na fé – e amando o próximo, colocando tudo o que somos e temos a serviço do outro, dentro e fora da igreja, para que as pessoas vejam em nós sempre o Cristo que perdoa e nunca o fariseu que critica e se acha superior.

Que o perdão de Jesus seja sempre o ar que respiramos e o chão no qual caminhamos, e assim de fato levaremos Cristo para todos, pois muito perdão gera muito amor! Amém.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Deus nos toca com nova vida!


Leia em sua Bíblia 1 Reis 17.17-24 e Lucas 7.11-17

Depois de voltar de uma festinha de aniversário, uma menininha brincava muito feliz com um balão que trouxe de lá, um balão em formato de coração e cheio de gás, que o fazia flutuar. Mas, de repente, BUM!, e acabou a brincadeira. Confiando que o pai sabia fazer tudo, ela vai chorando pedir a ele para consertar seu balão furado. É claro que ele não conseguiu. Você já viu alguém conseguir consertar um balão que estourou?

Quando a vida se parece com esse balão, sem conserto, a quem recorremos? É possível consertar a vida? A verdade é que existe apenas um que pode consertar nossa vida, e Ele nos convida a buscá-lo – Deus.

Tanto a leitura do Antigo Testamento como a do Evangelho nos mostram que nosso Deus é aquele que conserta a vida humana quando ele toca a morte com nova vida. E é a este Deus gracioso que devemos recorrer para consertar nossas vidas frágeis e breves.

Com o poder de Deus, Elias e Jesus trazem de volta à vida os filhos das viúvas, tocando-os e tirando deles o poder da morte. Como na história das duas viúvas, quando ninguém mais é capaz de nos livrar da morte, Deus nos socorre. Por causa de sua ação amorosa, não estamos mais mortos em nossos pecados, mas vivemos perdoados. Não vivemos mais com medo e incerteza, mas temos nova vida, vida que é nossa pela união com Cristo, que por nós morreu e ressuscitou.

Mas, a morte existe e nos lembra que somos pecadores. Em nosso texto, depois de Deus ter alimentado o profeta, a viúva e seu filho por muito tempo de maneira milagrosa, de repente o menino adoeceu e logo morreu. A mãe então perguntou ao profeta: Homem de Deus, o que o senhor tem contra mim? Será que o Senhor veio aqui para fazer com que Deus lembrasse dos pecados e assim provocar a morte do meu filho? (v. 18).

Isso mostra que ela tinha consciência de ser pecadora e sabia que a morte era conseqüência do pecado.

Hoje não é diferente. A morte e as doenças nos fazem perguntar muitas vezes: “Por que Deus? Porque minha esposa tem câncer? Por que aconteceu esse acidente? Por que isso aconteceu com a gente, Senhor?” A verdade é que a vida é muito frágil e passageira e nunca sabemos quando a morte pode chegar para nós e nossos queridos.

Assim foi com o menino em nosso texto – um dia estava bem, comendo da farinha e azeite que Deus multiplicou através do profeta. De repente ficou doente e morreu rapidamente. A morte é misteriosa: nós não sabemos nem entendemos por que para alguns ela vem mais trágica e inesperada do que para outros.

As viúvas dos textos de hoje já tinham perdido seus maridos e agora enfrentavam a morte repentina de seus filhos. Não admira que a viúva de Sarepta ache que está sendo punida por seus pecados.

O apóstolo Paulo diz que a morte é o último inimigo a ser vencido (1Co 15.26), e mesmo nós cristãos temos que enfrentá-la. Mas a morte física e a dor que ela traz é apenas o resultado de uma morte mais profunda – a morte da alma, a separação entre nós e Deus causada pelo pecado.

Mesmo que muita gente não acredite em morte eterna, pecado, diabo, juízo final e inferno, a Palavra de Deus é muito clara em nos dizer que, sem renascermos com Deus, estamos para sempre separados dele, neste mundo e na eternidade. Não há meio termo: ou cremos em Cristo e receberemos através dele vida eterna, ou não cremos e receberemos o que merecemos por causa de nossos pecados – morte e condenação eterna, eterna separação de Deus.

Que maravilhoso, meus irmãos, que Deus nos toca com nova vida. Quando a viúva questiona o profeta Elias, ele pega o menino e pede a Deus que em misericórdia toque a morte e dê vida de novo ao menino. Deus o atende e a morte é substituída por vida nova, como também aconteceu com o filho da viúva na leitura do Evangelho.

Deus nos toca com nova vida. A graça de Deus trouxe aqueles meninos de volta a vida, porque Deus amava a eles e suas mães. E no versículo 24 vemos a mãe de Sarepta reconhecer que Deus é quem falava através do profeta.

Assim também é hoje: Deus continua trazendo vida por sua graça e misericórdia, através de sua Palavra e Sacramentos. Somente Ele pode consertar nossas vidas e nos tirar da morte para a vida nova. Ele não se agrada com a morte, e provou isso enviando seu Filho para vencer a morte na cruz e oferecer a nós a nova vida que Jesus conquistou com sua ressurreição.

A ressurreição dos filhos das viúvas era apenas uma amostra da maior vitória, a vitória definitiva de Cristo sobre a morte, que nos diz: Eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa (Jo 10.10).

Quando Jesus morreu na cruz, não sofreu apenas fisicamente, mas ao carregar sobre si os pecados do mundo inteiro, provou a morte espiritual e foi separado de seu Pai e abandonado na cruz. Mas venceu e ressuscitou, e o seu sacrifício foi aceito por Deus para que a nova vida possa ser oferecida e dada ao mundo pecador.

Deus nos toca com nova vida. Como Elias fez com o menino, podemos dizer que no batismo somos tocados por Deus três vezes e recebemos nova vida, pois como diz Paulo, quando fomos batizados, fomos sepultados com ele por termos morrido junto com ele. E isso para que, assim como Cristo foi ressuscitado pelo poder glorioso do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova (Rm 6.4).

Assim, mesmo que ainda enfrentemos a morte física, a separação eterna de Deus foi removida e todo aquele que crê em Jesus Cristo como seu Salvador tem a promessa da ressurreição da alma e do corpo, pois Jesus mesmo diz: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá (Jo 11.25-26).

Como aquele menino de Sarepta, que um dia morreu de novo, fisicamente, nós também não viveremos para sempre neste mundo. Mas temos a promessa pela fé em Cristo de que a morte é apenas um portão pelo qual passaremos para estar com nosso Salvador na vida eterna.


 Irmãos: como nós não temos como consertar um balão estourado de nossos filhos, ninguém pode nos curar da morte. Mas graças a Deus que há alguém que conserta o que não pode ser consertado – é aquele que venceu a morte e deu nova vida aos filhos das viúvas. É aquele que hoje, através da sua Palavra, Batismo e Santa Ceia nos toca com nova vida pelo seu perdão e amor.

Deus nos toca com nova vida. Que Ele nos dê sempre sua misericórdia e nos faça cada dia confiar naquele que morreu e ressuscitou por nós para nos dar a vida nova – Jesus Cristo, nosso Salvador, pois é através dele que Deus nos toca com nova vida! Amém.  

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pregamos o Evangelho pleno!


Leia em sua Bíblia Gálatas 1.1-12

Qual é o centro da Bíblia? Qual o seu ensino principal, essencial, fundamental? Qual é a principal doutrina cristã?

Faço essas perguntas quando ensino o que é a Bíblia, na instrução de adolescentes e de adultos. A resposta, que nem sempre todos sabem dizer, é também o centro do ensino da Igreja Luterana e dos pastores luteranos. Você sabe responder: qual é o ensino principal da Bíblia?

Alguns podem responder que são os 10 Mandamentos, ou a lei do sábado, ou o dízimo. Qual é a resposta certa? Você sabe?

A resposta, resumida em um versículo, está em João 3.16: Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna. Este é o centro da Bíblia e de toda a obra de Deus: a salvação dos pecadores pela graça de Deus através do sacrifício de Cristo, dada a nós pela fé neste Cristo.

Isto é o que nós, pastores, líderes, e membros da Igreja Evangélica Luterana do Brasil pregamos, ensinamos, confessamos e testemunhamos: pregamos o Evangelho pleno!

Pregamos o Evangelho pleno porque ele é o centro da Bíblia. Todos os profetas e demais livros do Antigo Testamento apontam para a vinda de Cristo, e mostram a preparação de Deus para a chegada dele, ao nascer em Belém. Todo o Novo Testamento mostra a vinda do Salvador e como Ele cumpriu as promessas de Deus no Antigo Testamento. Os evangelhos, o livro de Atos e as epístolas têm como centro a vida de Jesus e a continuação de sua obra através da pregação do Evangelho pelo poder do Espírito Santo, e o Apocalipse mostra como será a coroação da obra de Cristo no juízo final.

Também pregamos o Evangelho pleno porque ele é o poder de Deus para salvar. A Bíblia tem Lei e Evangelho, ambos Palavra de Deus. A Lei serve para apontar ao pecador seus pecados que o afastam de Deus e mostrar-lhe sua culpa diante do Senhor. Mas, ela não converte, não muda o coração de ninguém. O poder de Deus para salvar está no Evangelho. Paulo diz isso em Romanos 1.16-17: Eu não me envergonho do evangelho, pois ele é o poder de Deus para salvar todos os que creem, primeiro os judeus e também os não-judeus. Pois o evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim. Como dizem as Escrituras Sagradas: "Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus."

Assim, pregamos o Evangelho pleno porque ele é o poder de Deus para salvar. É através do Evangelho que Deus nos chama das trevas do pecado para sua maravilhosa luz, quando o ES nos chama por esse Evangelho, no Batismo, no ouvir da Palavra e na Santa Ceia.

E, embora haja muitos por ai dizendo que pregam o Evangelho, e cada um de um jeito diferente, a verdade é que ele é único. Por isso, pregamos o Evangelho pleno porque ele é único.

Isso parece simples, e na verdade é. O Evangelho pleno é este: Cristo cumpriu a lei em nosso lugar, morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para nos dar a vida eterna, e ponto final. Quem crer nele será salvo, e quem não crer será condenado, diz o próprio Jesus. Mas, tem gente que complica o que Deus fez tão simples e seguro.

Os cristãos gálatas estavam fazendo isso – complicando o Evangelho pleno que Paulo tinha pregado a eles. Paulo diz em Gálatas 1 que se surpreende por eles estarem abandonando Deus tão depressa e aceitando outro evangelho. Na verdade, diz Paulo, não existe outro evangelho, mas sim gente mudando o evangelho de Cristo. O evangelho de Cristo é um só, único e pleno. Qualquer acréscimo ou mudança é abandonar a Deus e a graça de Cristo.

Vejam como Paulo é firme e direto sobre isso: Mas, se alguém, mesmo que sejamos nós ou um anjo do céu, anunciar a vocês um evangelho diferente daquele que temos anunciado, que seja amaldiçoado! Pois já dissemos antes e repetimos: se alguém anunciar um evangelho diferente daquele que vocês aceitaram, que essa pessoa seja amaldiçoada! (Gl 1.8-9)

Havia gente tentando acrescentar coisas ao Evangelho, exatamente como muitos fazem hoje. Mas fazer isso era, e é hoje, corromper, eliminar e substituir o Evangelho pela salvação por obras. É uma volta ao paganismo da salvação pela lei, pelo cumprir de ritos, costumes e regras, pelo fazer de muitas boas obras.

É claro e bíblico, meus irmãos, que o Evangelho pleno e verdadeiro, tem conseqüências na vida cristã, pois quem crê em Cristo é salvo mediante a fé e por isso é uma nova pessoa movida pelo poder do ES para fazer as boas obras agradáveis a Deus. Mas essas boas obras não são feitas para merecer a salvação ou completar o restinho da salvação que Jesus, por descuido, não tivesse completado. Pelo contrário, elas sempre são feitas espontaneamente, como frutos da fé, movidas pelo Espírito Santo em nós, como a luz e o calor que são inseparáveis do fogo.

Nós pregamos esse Evangelho, o Evangelho pleno. Porque ele é o centro da Bíblia, ele é o poder de Deus para salvar e ele é único.

Hoje, como na época dos gálatas, muitos pregam “evangelhos” diferentes do que Paulo, Pedro e toda a Bíblia pregam. Evangelhos que prometem paraísos aqui na terra e incentivam a cobiça e o materialismo; evangelhos que valorizam pessoas (“o famoso pregador...”, “o poderoso profeta...”, etc.) em vez de apontar para Cristo; evangelhos que colocam as pessoas debaixo de leis (não isso, não aquilo) e regras; evangelhos que fazem muitos confiar não apenas em Cristo, mas também em suas obras.

Por isso, meus irmãos, é importantíssimo que eu, você e todos os cristãos fiéis a Cristo continuemos pregando o Evangelho pleno, mesmo que ele não agrade a todos, pois Paulo diz no versículo 10: Por acaso eu procuro a aprovação de pessoas? Não! O que eu quero é a aprovação de Deus. Será que agora estou querendo agradar as pessoas? Se estivesse, eu não seria servo de Cristo.

Também em 2 Timóteo 4.2-4 Paulo mostra que devemos seguir firmes neste Evangelho puro, mesmo que muitos não queiram ouvi-lo: Pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensino com toda a paciência. Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir. Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade para dar atenção às lendas.

E também Pedro, falando desses falsos evangelhos, diz: Por causa desses falsos mestres muitas pessoas vão falar mal do Caminho da verdade. Em sua ambição pelo dinheiro, esses falsos mestres vão explorar vocês, contando histórias inventadas.  Deus, porém, não vai deixar isso sem punição, pois Pedro termina o versículo dizendo: Mas faz muito tempo que o Juiz está alerta, e o Destruidor deles está bem acordado (2Pe 2.2b-3).

Como servos de Cristo, temos o compromisso, a responsabilidade e o grande privilégio de, mesmo sendo pecadores, pregar o Evangelho pleno às pessoas ao nosso redor!

Vamos então, com humildade e alegria, com certeza e convicção, pregar o Evangelho pleno e puro: que Cristo morreu e ressuscitou para ser nossa justiça diante de Deus, e que recebemos esta salvação somente pela fé, dada a nós pelo Espírito Santo, de graça!

Que todos nós possamos sempre afirmar, com convicção e pela graça de Deus, que pregamos o Evangelho pleno! Amém.