BEM-VINDO AO NOSSO BLOG!


Com muita alegria apresentamos o blog da Paróquia Evangélica Luterana Renascer em Cristo , com sede em Rio Branco, AC.


Além da sede, que fica no bairro Estação Experimental, no caminho do aeroporto, temos também um ponto de pregação aqui na capital no bairro Areal.


No interior atendemos Brasiléia, na divisa com a Bolívia, a 230 Km de Rio Branco, e Redenção e Ramal do Bigode, município de Acrelândia, a 110 Km da capital. Outro ponto de pregação fica na estrada que vai a Porto Acre, a 35 Km daqui.


Queremos compartilhar com vocês mensagens, fotos, informações e notícias de nosso trabalho, com o grande objetivo de levar Cristo para todos, especialmente em nosso estado e região, com é o lema de nossa IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil.


Um grande abraço, no amor de Cristo!



Pastor Leandro.






sexta-feira, 22 de setembro de 2017

15º Domingo após Trindade
Filipenses 1.12-14,19-31
Ação de Marketing!
         Hoje em dia as grandes empresas investem muito dinheiro em ações de marketing. Com estas ações, as empresas procuram divulgar seus produtos e serviços. Uma boa ação e marketing pode alavancar o conhecimento das pessoas, do público alvo, em relação aos produtos e, consequentemente, as vendas se tornam mais sólidas e há crescimento nos lucros da empresa. Portanto, investir no marketing é fundamental para que o seu produto seja conhecido.
         Não quero aqui comparar, de modo nenhum, a Igreja de Cristo à uma empresa, longe disso! Mas se olharmos com atenção para o texto de Filipenses, vemos Paulo demonstrando uma grande ação de marketing pelo Evangelho. O apóstolo de Cristo estava preso, passando por dificuldades. Ele acabou preso provavelmente na cidade de Roma. Sabemos que ele foi preso por ser um pregador do Evangelho de Cristo.
         Mesmo preso, Paulo escreve para as pessoas de Filipos. A carta aos filipenses é conhecida como a “carta da alegria”. Paulo sintetiza em alguns versículos como isso é possível, pois relata como essa prisão foi importante para o Evangelho. Parece loucura, mas o apóstolo descreve a importância que a sua prisão teve para a pregação do Evangelho. Ele afirma: “as coisas que aconteceram tem contribuído para o progresso do Evangelho” (v. 12). Com isso, ele afirma que todo o seu sofrimento e prisão são alimentos para que o Evangelho seja divulgado no e para o mundo. E vejam que, no próprio texto de hoje, o segredo da ação de marketing de Paulo é revelado. Diz o texto no v. 13: “minhas cadeias (algemas) se tornaram conhecidas de toda guarda e dos demais”. Ou seja, as pessoas que estavam à volta e mais além ainda, ficaram sabendo do porquê Paulo estava preso.
         As pessoas conheciam Paulo, sabiam que era um grande judeu, talvez um dos mais importantes de sua época. E agora este judeu “se permite” ser preso por seguir a Jesus. Não sabemos a reação das pessoas, mas talvez muitos pensaram: “Paulo, aquele judeu importante, está preso por causa de Jesus? Porque tanta fidelidade assim de Paulo? Será que realmente este Jesus não é verdadeiro?”. Assim nós olhamos para aquelas pessoas de outras religiões ou denominações que são convictos no que pensam. No fundo nós admiramos essa convicção, pois por causa deles conhecemos mais sobre sua fé. E também o contrário, quando estes veem o fulano de tal, cristão luterano, que leva sua família à igreja e que age coerentemente (por exemplo), podem perceber o que cremos e assim estamos fazendo marketing positivo do Evangelho.

         Esta é a grande lição de hoje. Olhando para este texto, como estou sendo marqueteiro da minha fé? Ou mais ainda, da minha congregação? Vejo coisas positivas ou apenas vejo o lado negativo? Paulo tinha grandes motivos para falar mal de sua situação. Poderia fazer uma grande ação de marketing negativa. Poderia ele dizer como muitas vezes cristãos fazem: “nada dá certo, o trabalho é ruim; minha vida é uma droga; não tenho nada; Quero ser reconhecido; Deus me abandonou; onde estava Deus naquele momento; etc.” Mas Paulo não fez isto. Mesmo tendo um espinho na carne, mesmo estando preso, sofrendo por causa de Cristo, mesmo assim escreve e vive com alegria. É claro que Paulo via problemas em suas congregações recém-formadas. Chamava a atenção quanto a isso, mas sempre de forma a querer construir e não desmantelar a igreja de Jesus. E Paulo sabia o que estava fazendo. Paulo sabia a quem ele servia. Quando nós agimos assim também estamos construindo uma igreja mais forte e também estamos fazendo o marketing necessário do Evangelho. Divulgar a Palavra com alegria é fundamental para que mais pessoas sintam confiança naquilo que falamos, naquilo que ensinamos. Mas o contrário é mortal para a pregação. Quando o povo reage à Palavra que ouve e aos Sacramentos de forma negativa, vendo problemas em tudo, maldizendo a vida e não vivendo essa nova vida, todos os que o cem e ouvem terão dificuldades em confiar. E mais, quando a nossa vida não faz esse marketing positivo, quando nossa vida e forma de agir é diferente da Palavra de Deus, estamos jogando contra o Evangelho. Paulo ensina como fazer certo. E podemos ainda verificar com grande alegria que agir assim, fazendo um marketing positivo do Evangelho, traz muitos e bons resultados. O v. 14 diz que “a maioria dos irmãos, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro, com mais coragem, a Palavra de Deus”. Ou seja, a ação de Paulo é usada por Deus Espírito Santo para encorajar mais pessoas a falar de Cristo.
         Por isso, meus irmãos, sejamos marqueteiros do Evangelho, falando sempre com entusiasmo e coragem, mesmo em meio às dificuldades, pois a promessa de Deus é que “tudo, realmente tudo, coopera para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28). Que a cada momento possamos saber que, assim como Paulo, o Espírito Santo vai providenciar a libertação de qualquer situação, seja aqui ou quem sabe apenas eternamente.
         Então, mãos ao trabalho! A Palavra de Deus deve ser levada com ações de marketing, e isso o Espírito Santo motiva em cada um de nós, não por obrigação, mas assim como Paulo, por puro reconhecimento da Palavra que salva. Que assim seja. Amém.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

4º Domingo após Trindade
Mateus 11.25-30
A Humildade que Vale a Pena!
         A humildade nos é tão difícil. Não apenas um pequeno ato, mas viver sempre e em tudo de forma humilde. Isto quer dizer: ter um comportamento tal que leve o outro a sentir-se melhor e superior.
         Como tu poderás conseguir algo assim? Talvez te submetendo a uma rígida disciplina. Permitir que o outro fale e tu escutes. Valorizar a opinião do outro sem apresentar tuas sábias ideias. Motivar o outro, empurrá-lo para que ele progrida sem te preocupares contigo. Alegrando-te com o seu sucesso sem ambicionares algo para ti. Talvez com muita disciplina isto possa ser possível. O resultado disso será muito interessante. Na maioria das vezes, os outros te tratarão como alguém sem importância. Te ignorarão e talvez fiquem com a atenção que tu desejarias ou merecerias. Tu serás esquecido e os outros ocuparão o centro das atenções. Tu sofrerás castigos enquanto que outros serão prestigiados e receberão oportunidades. Se tu és como a maioria das pessoas concluirás que é muito doloroso receber este tipo de tratamento. É por isso que uma vida humilde é algo tão raro. Não há quem queira pagar este preço.
         Uma vida em humildade é valiosa por uma série de razões. Viver em humildade, primeiramente, é indicativo de uma avaliação honesta de si mesmo. A leitura da epístola desta semana é um exemplo clássico de nossa verdadeira natureza. Somos inteiramente maus por natureza. Tudo que podemos produzir é maldade. Nossa inclinação é para o pecado unicamente. Não temos do que nos orgulhar. Reconhecer nossos pecados é uma atitude honesta para conosco mesmos. Esta honestidade gera um resultado adequado ao nosso caráter pecaminoso. É o caminho para encontrarmos a única solução para o problema que temos com o nosso pecado. Este é saudável e conduz à alegria.
         Em segundo l ugar, a verdadeira humildade tem no Reino de Deus um tratamento especial. Jesus apresenta este ensinamento no Evangelho deste domingo. O tratamento preferencial que Deus dá a seus filhos – aqueles que são maus por natureza – é o descanso do pecado. Esta é a única solução para o crônico problema do pecado que mencionamos acima. Finalmente, a vida humilde vale a pena, porque no Reino de Deus, o próprio rei escolheu honrar o caráter de humildade por usá-lo ele mesmo. Em Zacarias 9.9-12 é revelado este fato. Isto significa que aqueles que adotam o caráter da humildade encontram-se em alinhamento com as preferências do rei e assim acabam por encontrar a paz. Nós poderíamos enumerar uma imensa lista de razões que confirmam que vale a pena viver uma vida em humildade. Mas esta lista de benefícios não é a solução. O problema é a nossa incapacidade de viver em humildade. Em nossas condições naturais estamos impossibilitados de reconhecermos nossa real situação. No que depender de nós não buscaremos a Deus nem nos importaremos com o seu propósito para com a nossa vida. É mais fácil e lógico assumir que somos nós que decidimos em relação a nós mesmos e fazemos o que nos parece melhor. O fato triste de tudo isso é que como resultado disto tornamo-nos escravos daquilo que para nós parecia ser expressão de liberdade. Neste caminho enveredamos para a nossa própria destruição.

         Nossa única esperança é Cristo. Somente por meio dele podemos viver em humildade. Ele mostrou que sabe o que é humildade quando ele enfrentou a cruz em nosso lugar. Ele humildemente assumiu a culpa pelos nossos pecados, aceitando-a em nosso lugar. Não buscava os seus interesses, mas desejava que nós tivéssemos um tratamento diferenciado por parte do Pai, mesmo que isso significasse que ele suportaria o castigo que nós merecíamos por causa da nossa rebelião contra o Pai. Ele fez isso para que nós pudéssemos nos despir do nosso arrogante comportamento e nos vestir com o seu caráter humilde, que é o uniforme do seu reino. Jesus viabilizou isto com sua morte na cruz. Três dias depois ele ressuscitou para aplicar todos estes benefícios à vida de cada um de nós, quando somos batizados. Temos a possibilidade de vivermos uma vida em humildade. Aproveitemos a oportunidade. Se tu tiveres dificuldades por falar demais, tenta ouvir mais. Se tens sempre o desejo de corrigir os outros, tenta realçar os teus acertos. Se teu problema é criticar a ideia dos outros, avalia a possibilidade de usar estas ideias para promover mudanças.
 Recorre a Jesus para que ele te ajude a promover estas mudanças. Isto é viver pela fé. Isto pode tornar-te um insignificante personagem deste mundo, ignorado ou ridicularizado pelos que representam tudo que é do mundo. Mas isto é bom, pois tu não mais pertences a este mundo. Na verdade, tu és um escolhido, purificado e honrado filho da família de Deus e do seu Reino. Além disso, o que mais tu podes desejar? Sê humilde, tu não tens nada a perder com isto. Amém.
(Portas Abertas 19 e Preciso Falar 26, pp. 171-173)

1º Domingo após Trindade
Mateus 9.35-10.20
A Igreja que Deus quer é a Igreja que nós somos?
            O livro de êxodo nos conta a história da saída do povo de Israel da escravidão do Egito e da sua caminhada em direção à terra prometida. Pode ser que, olhando esta história meio que por cima, a gente tenha algumas falsas impressões sobre esta longa viagem. Podemos nos esquecer que o povo permaneceu viajando por muitos anos. Podemos nos esquecer que o povo passou por muitas tentações. Podemos nos esquecer a razão de aquele povo estar viajando naquele deserto em direção à terra prometida. Era perigosos até esquecer de que Deus sempre fortalece o seu povo. Dizem alguns historiadores que se esquecemos a nossa história, esquecemos a nossa identidade. Se perdemos a nossa identidade, perdemos a nossa missão. Exatamente sobre isso é que nos fala o texto de Êx 19.1-8, sobre identidade e missão, sobre como devemos ser igreja de Deus.
            A identidade do povo de Israel está totalmente ligada à sua história. Quem nos chama a atenção para este fato é o próprio Deus. Deus faz questão de lembrar daquilo que ele fez no passado quando fala com o seu povo, mesmo que este passado esteja muito perto do presente. Não fazia muito tempo que o povo de Israel havia saído do Egito, mas Deus fez questão de dizer: “Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim”.
            Quanto mais o povo de Deus percebe as suas limitações, mais percebe a necessidade que tem de estar sobre as asas desta águia divina. Vejam como facilmente esquecemos de nossa história e de nossa identidade. Ainda que recebamos milhares de bênçãos de Deus todos os dias, nossa memória insiste em marcar aquilo que nos falta. Somos rápidos em cobrar de Deus respostas pela falta de sossego, mas somos ainda mais rápidos para citar novos problemas com nossa insistência em não perdoar, com nossa insistência em não quere ouvir, com nossa insistência no pecado.
            Se somos pessoas sujeitas ao esquecimento, precisamos de alguém que nos lembre de quem nós somos. Quem melhor para nos lembrar de quem nós somos do que aquele que tudo sabe, aquele que jamais se esquece de nosso nome, aquele que nunca se esquece de estender as mãos para nos alcançar, aquele que não se esquece de nos levar sobre asas de águia até à sua presença?
            Deus disse no deserto ao seu povo: “Tendes visto o que fiz aos egípcios”. Deus disse por meio do Salmo 100: “Sabei que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos”. Deus disse por meio do evangelista Marcos: “Quem crer e for batizado será salvo”. Deus disse por meio do apóstolo Pedro em sua primeira carta: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. Deus nos diz hoje que temos uma identidade, e esta identidade nos é dada por Cristo, por meio do qual somos chamados amigos de Deus. Amigos esquecidos, é verdade, mas amigos muito amados por Deus e por esta razão somos lembrados de quem nós somos.
            Perder a identidade não é algo bom como se diz por aí. Há quem diga que prefere ser uma metamorfose ambulante, mas isto não pode ser bom. O melhor é sempre lembrar quem nós somos para que jamais percamos a nossa missão. Este era o grande risco que corria o povo de Israel. Deus os havia chamado para serem a sua nação santa e que fossem sacerdotes reais. Seriam nação santa porque foram carregados por Deus e trazidos à sua presença. Além disso, seriam sacerdotes porque intercederiam não somente por si mesmos, mas pelo mundo inteiro.
            Deus chama o mundo inteiro para que venham, sirvam a Deus e lhe cantem  louvor. Para cumprir este chamado ao mundo, Deus coloca o seu povo como porta voz. Mas o que dizer? É preciso falar daquilo que Deus nos lembrou, que fomos trazidos bondosamente à sua presença, que Deus é amoroso e bondoso e que jamais se esquece dos seus. Aquele que vive e morre no Senhor jamais será esquecido na morte.

            Diante de tudo isso, que igreja somos? Somos aqueles que fazem sua própria vontade ou a vontade de Deus?  Somos de fazer shows no templo para atrair mais e mais pessoas com ideias falsas de como se deve adorar a Deus? Somos os que cobram caro para curar todo tipo de enfermidade? Na Palavra de Deus está escrito: “De graça recebestes, de graça dai”(Mt 10.8). Desde que Deus fundou a sua igreja, chamando o povo de Israel para ser seu e adorá-lo, não houve fidelidade do povo para com Deus. Enquanto havia líderes que serviam e temiam a Deus, o povo era abençoado. Mas, bastava o líder se desviar e a maioria do povo também se desviava. Como somos hoje? Igreja de Deus e para Deus ou para nós mesmos? Olhamos com firmeza para a cruz de Cristo e lembramos do seu sacrifício em nosso lugar ou desprezamos sua obra redentora e fazemos o que achamos certo para agradar as pessoas. O apóstolo disse que importa antes agradar a Deus do que as pessoas.(At 5.29).
A Igreja que Deus quer é a Igreja que nós somos? Sempre é tempo de refletir sobre este assunto. Se estamos falhando em ser igreja de Deus e para Deus, oremos para pedirmos força espiritual e nos dediquemos mais ao serviço do Senhor, evangelizando, espalhando a semente do amor verdadeiro, a paz de Cristo às pessoas. Deixemos de ser arrogantes. Deixemos de vivr em grupinhos dentro da igreja, escolhendo quem faz parte ou não deste grupinho. Nós somos a Igreja que Deus quer quando fazemos a sua vontade e vivemos em UNIÃO total, primeiro com Cristo e uns com os outros.
            A Igreja de Deus, que somos nós, precisa de trabalhadores na sua seara. É tempo sim de sair e proclamar o amor de Deus em todos os lugares e a todas as pessoas.
            Que o bondoso Deus, em sua sabedoria, envie sempre seu Espírito Santo a nós e nos capacite a sermos fieis testemunhas do seu grande amor. Cristo é para todos, em distinção. Deus nos abençoe. Amém!