BEM-VINDO AO NOSSO BLOG!


Com muita alegria apresentamos o blog da Paróquia Evangélica Luterana Renascer em Cristo , com sede em Rio Branco, AC.


Além da sede, que fica no bairro Estação Experimental, no caminho do aeroporto, temos também um ponto de pregação aqui na capital no bairro Areal.


No interior atendemos Brasiléia, na divisa com a Bolívia, a 230 Km de Rio Branco, e Redenção e Ramal do Bigode, município de Acrelândia, a 110 Km da capital. Outro ponto de pregação fica na estrada que vai a Porto Acre, a 35 Km daqui.


Queremos compartilhar com vocês mensagens, fotos, informações e notícias de nosso trabalho, com o grande objetivo de levar Cristo para todos, especialmente em nosso estado e região, com é o lema de nossa IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil.


Um grande abraço, no amor de Cristo!



Pastor Leandro.






terça-feira, 28 de maio de 2013

Quem é o Deus verdadeiro?


Leia em sua Bíblia João 8.48-59 e Atos 2.22-36


Num mundo com tantas opções e ofertas religiosas, em quem ou no que as pessoas devem crer? No que eu e vocês vamos crer? Está correto o pensamento de que “todas as religiões são boas e levam a Deus”? Ou que “o importante é crer em Deus, não importa o nome dele ou da igreja”?

Neste culto em que celebramos a Santíssima Trindade, queremos refletir sobre essas questões, pensando nesta pergunta: Quem é o Deus verdadeiro?

O ser humano sempre procurou a resposta a essa questão e sempre acreditou que existe um ser superior. Vemos isso facilmente olhando para a história de vários povos e culturas que ainda hoje tem deuses diversos – indianos, índios, vikings, africanos, egípcios, etc.

A existência de um ser superior é mostrada ao ser humano por dois fatores principais: a natureza, que faz pensar que alguém teve que criar tudo o que existe, e a consciência, que indica para as pessoas, mesmo aquelas que nunca viram ou ouviram falar de leis, que existem coisas certas e coisas erradas.

Essas fontes indicam que existe um ser superior, um deus, mas não são suficientes para revelar quem é o Deus verdadeiro. Prova disso é que ainda hoje há pessoas que oram, adoram e acreditam em animais, estátuas, amuletos, pessoas e outras coisas criadas como sendo Deus – adoram criaturas e não o criador.

Como então responder à nossa pergunta: Quem é o Deus verdadeiro? Por sermos criaturas imperfeitas e pecadoras – e não é necessário ser religioso para perceber que o ser humano é mau, pois dia após dia vemos morte, roubo, traição, corrupção, cobiça, destruição, violência e outros atos que mostram nossa imperfeição – não podemos sozinhos chegar à resposta certa. É necessário que o próprio Deus verdadeiro se revele a nós e nos dê a resposta.

Então, quem é o Deus verdadeiro? O Deus verdadeiro é aquele que se mostrou ao ser humano com uma dupla revelação: pela letra e pela encarnação.

O Deus verdadeiro é aquele que se revelou pela letra – pela Bíblia, a Palavra de Deus, as Escrituras Sagradas. Deus tornou-se acessível a nós de uma maneira bem simples e direta: pela palavra. Ele inspirou pessoas e as guiou para que colocassem por escrito tudo o que precisamos saber para conhecer e crer no Deus verdadeiro.

A Bíblia nos mostra como esse Deus é Criador, Salvador e Santificador e, principalmente, como Ele agiu e ainda age para nos aproximar dele, nos purificar de nossos pecados e imperfeições e recebermos as bênçãos e a salvação que somente Ele pode dar.

Mas, alguém pode dizer que outras religiões também têm livros sagrados, que afirmam ser a revelação do Deus verdadeiro, como o Al Corão dos mulçumanos, a Bíblia das Testemunhas de Jeová, o livro de Mórmon, etc. Como então saber qual deles é a revelação do Deus verdadeiro? É aí que entra a segunda parte da revelação de Deus: a encarnação.

Enquanto as demais religiões ensinam que o ser humano deve purificar-se com boas obras, rituais, cumprimento de leis e regras, sacrifícios e coisas semelhantes para poder se aproximar de Deus e assim pagar por seus pecados, a fé cristã crê que nenhuma pessoa pode por si mesma chegar a Deus e muito menos pagar por seus pecados e imperfeições.

O Deus verdadeiro, revelado na Bíblia, agiu para fazer o que nós não podemos: Ele se encarnou e viveu como um de nós, em Jesus Cristo, para cumprir em nosso lugar as exigências divinas e pagar na cruz pelo castigo que todos os seres humanos merecem por sua rebelião contra Deus.

Esse é o mistério da encarnação – o próprio Deus desceu ao nosso nível e nos resgatou com sua vida, sofrimento, morte e ressurreição. Cristo, o santo Filho de Deus, deixou a glória divina e, sem se contaminar pelo pecado, carregou todo o nosso pecado na cruz, vencendo então a morte, o pecado e o diabo.

Nenhuma outra religião tem um Salvador como Cristo, que inverte o nosso modo de pensar: não obtemos o favor e a graça de Deus pelo nosso fazer ou não fazer, mas recebemos de graça o perdão, vida e salvação do Pai pelo que o Filho Jesus fez em nosso lugar e por nossa causa, puramente por amor a nós.

Este Jesus, que no evangelho de hoje diz que antes de Abraão nascer, “EU SOU”! (Jo 8.5), identificando-se como o próprio Deus do Antigo Testamento, e que foi pregado no dia de Pentecostes por Pedro como aquele que Deus tornou Senhor e Messias (At 2.36), o salvador prometido por esse mesmo Deus, é a revelação encarnada do Deus verdadeiro, o Deus de amor, o Deus que é amor!

Este é o Deus verdadeiro, que chamamos de Deus Triúno, pois é um só Deus em três Pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo, algo que nossa mente limitada não pode compreender, mas em que cremos.

Quem é o Deus verdadeiro? É o Deus que confessamos nos credos Apostólico, Niceno e Atanasiano, que são resumos da fé cristã elaborados por cristãos fiéis há mais de 1500 anos para defender a verdadeira doutrina cristã de ensinos errados, resumos baseados em claros versículos bíblicos que nos mostram que Deus é Pai Criador, Filho Salvador e Espírito Santificador, três pessoas da Trindade em total e perfeita harmonia com um só propósito: nos salvar do pecado, do diabo e da condenação eterna que merecíamos.

Quem é o Deus verdadeiro? O inimigo de Deus, o diabo, quer fazer as pessoas acreditarem que cada um pode ter o seu deus e que esse é o verdadeiro. Nós também somos tentados a termos nossos deuses no lugar do Deus Triúno – o prazer, o dinheiro, a vaidade, o descanso e lazer, e tudo mais que se torna mais importante em nosso coração e vida do que o Deus Triúno e sua vontade.

Não nos deixemos enganar por esses falsos deuses. Fiquemos firmes na fé no Deus verdadeiro, que se revela a nós como Pai de amor, que se encarnou em Jesus Cristo e que nos dá o seu Espírito para nos manter na fé e no caminho da salvação, sempre através dos meios que Ele escolheu para isso – a Palavra e os Sacramentos.

Cristo, a revelação viva do Deus de amor, é chamado de Sabedoria no texto de Provérbios que ouvimos hoje. No versículo 35 ela diz: Pois quem me encontra, encontra a vida, e o SENHOR Deus ficará contente com ele.

O Deus verdadeiro, Triúno, não guardou sua sabedoria e poder para si, mas em Cristo veio a nós, transformando sua sabedoria em salvação e seu poder em graça e misericórdia, nos encontrando e nos levando para junto de si pela fé em Jesus.

Então, meus irmãos, quando perguntarem: Quem é o Deus verdadeiro?, respondam com toda coragem, como Pedro no dia de Pentecostes: o Deus verdadeiro é o Pai de amor que veio nos salvar em Jesus Cristo e nos dá a fé pelo Espírito Santo.

O Deus verdadeiro é aquele que fez tudo para nos salvar, que não olha para o que merecemos ou não merecemos, mas para o que Cristo fez e mereceu por nós na cruz. Quem crê no Deus Triuno crê no Deus verdadeiro, e por isso é feliz! Tenha sempre essa fé no Deus verdadeiro e você será salvo! Amém.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O Espírito Santo nos dá dons especiais.


Leia em sua Bíblia João 14.23-29 e Atos 2.1-21


Estimados irmãos em Cristo.

Ouvimos hoje novamente o relato do dia de Pentecostes, em Atos 2, quando Deus cumpriu suas promessas, feitas através do profeta Joel e do próprio Jesus, de enviar o seu Espírito Santo de uma forma especial sobre seus filhos.

Naquele primeiro Pentecostes cristão, os discípulos de Jesus, provavelmente umas 120 pessoas, receberam o dom de falar em cerca de 15 línguas e dialetos diferentes para comunicar às pessoas de vários países, que ali estavam para a festa judaica, as grandezas de Deus, isto é, sua mensagem de salvação em Cristo.

Na continuação do texto, Pedro mostra à multidão que Deus estava cumprindo a promessa de Joel e prega sobre Cristo, com Lei e Evangelho, e então quase 3000 pessoas creram, foram batizadas e se juntaram aos primeiros cristãos.

Jesus, em nossa leitura do Evangelho, diz que seu Espírito ensinaria aos discípulos todas as coisas e os faria lembrar de tudo o que eles tinham ouvido de Jesus. No dia de Pentecostes essa promessa começou a ser cumprida e não parou mais.

No mesmo texto, Jesus diz: A pessoa que me ama obedecerá à minha mensagem, e o meu Pai a amará. E o meu Pai e eu viremos viver com ela. A pessoa que não me ama não obedece à minha mensagem. E a mensagem que vocês estão escutando não é minha, mas do Pai, que me enviou. Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo (Jo 14.23-24,27). Além do seu Espírito, Jesus nos deixou sua paz e nos deu um sinal claro para identificarmos quem tem o seu Espírito Santo: a obediência à sua Palavra, que mostra o amor a Jesus.

Hoje, embora o mundo tenha mudado muito, algumas coisas não são diferentes daqueles dias: o ser humano continua pecador e querendo cada vez mais viver conforme a sua vontade e não a de Deus e, por isso, não muda também a necessidade de as pessoas ouvirem e conhecerem as grandezas de Deus, a mesma salvação em Cristo anunciada, crida e vivida pelos primeiros cristãos.

Por isso, da mesma forma que no dia de Pentecostes, hoje o Espírito Santo nos dá dons especiais, para que possamos fazer a mesma coisa que Pedro, os discípulos e os cristãos daquela época: anunciar e viver a mensagem do Salvador Jesus Cristo.

A função do Espírito Santo naqueles dias e hoje é a mesma: apontar para Jesus e sua salvação e guiar os cristãos no caminho da fé e na vida cristã. Por isso, o foco da nossa pregação e vida não é o próprio Espírito e suas supostas manifestações e milagres atuais, como muitos ensinam por aí, mas é o que o próprio Jesus diz – lembrar do que ele nos ensinou e fez por nós.

O Espírito Santo não vem hoje ensinar novas doutrinas ou fazer coisas que desviam as pessoas de Cristo e de suas palavras. Ele vem para confirmar e lembrar sempre o que Jesus disse e fez, vem para operar a fé no coração dos que ouvem a Palavra e manter e fortalecer na fé os que já creem. Vem para dar-nos a paz de Cristo, para fazer-nos guardar e obedecer sua Palavra e guiar-nos no amor a Cristo e ao próximo.

Assim, ainda hoje, o Espírito nos dá dons especiais. Não necessariamente o dom de falar outros idiomas, pois a Palavra de Deus hoje está traduzida em milhares de idiomas e é difunda por meios como rádio, TV e internet, nem o dom de falar em línguas estranhas, como alguns dizem ser sinal do Espírito Santo. Isso existiu na época dos apóstolos, mas pelo seu mau uso foi desaconselhado pelo apóstolo Paulo (1Co 14).

Os dons especiais que o Espirito Santo nos dá são, em primeiro lugar, a fé em Cristo, verdadeiro milagre que Deus opera em nossos corações duros e mortos espiritualmente, e a certeza da salvação eterna. Também nos dá consolo, apoio e assistência até recebermos a vida eterna, através da Palavra e Santa Ceia, e através do Corpo de Cristo, a Igreja, os irmãos na fé.

O Espírito nos dá os dons da coragem para pregar o Evangelho, da humildade e domínio próprio, de doar-nos ao Senhor com nosso tempo, corpo, bens e dinheiro e serviço ao próximo; dá o dom da confiança no Senhor em tempos de obstáculos e problemas, o dom da ousadia e perseverança, o dom do testemunho e da fé vivida no dia a dia.

É certo, porém, que onde o Espírito Santo dá dons e age, vai haver também oposição e zombaria, como foi no dia de Pentecostes e por toda a história do cristianismo. Vocês e eu seremos atacados pelo inimigo, que vai abertamente tentar nos impedir de servir a Cristo e pregar seu Evangelho, usando a oposição do mundo, leis anticristãs e tentações, mas também vai sutilmente tentar colocar em nossa mente seu veneno, fazendo-nos pensar coisas como essas:

- Vale a pena perder tempo para ir ao culto, ao estudo bíblico?
- Não seja bobo, use seu dinheiro para suas coisas, seu lazer e prazeres, deixe que os irmãos se virem para manter a igreja!
- Trato bem quem me trata bem e concorda comigo, ou quem pode me favorecer ou me dar algo em troca.
- Para que ler mais a Bíblia, eu já sei o que ela diz...
- Preciso ser aplaudido e elogiado pelo que faço na igreja!
- Não vou gastar meu tempo e esforço na igreja, há outros que podem fazer as coisas por lá.
- Indo ao culto já fiz a minha parte...
- Este sermão serviu para o fulano, não para mim; etc., etc.

Precisamos do Espírito Santo para enfrentar essa oposição, como os primeiros cristãos e também Davi precisava. Por isso devemos cada dia orar com ele no Salmo 143: Peço que todas as manhãs tu me fales do teu amor, pois em ti eu tenho posto a minha confiança. As minhas orações sobem a ti; mostra-me o caminho que devo seguir! Tu és o meu Deus; ensina-me a fazer a tua vontade. Que o teu Espírito seja bom para mim (v. 8,10a).

 
Deus quer continuar nos dando rica medida do seu Espírito e o Espírito Santo quer continuar nos lembrando da Palavra de Cristo e nos fortalecendo na fé que salva. Para isso nos foram dados a Palavra, o Batismo e a Santa Ceia, e no dia do Pentecostes foi criada a Igreja, isto é, os que creem em Jesus e se reúnem em torno da Palavra e Sacramentos de Cristo.

Através da Palavra e Sacramentos o Espírito Santo nos dá dons especiais para que guardemos a Palavra de Cristo, amemos uns aos outros na sua paz e façamos o que Pedro e os primeiros cristãos fizeram com amor e coragem: pregar o Cristo salvador aos que Deus colocar em nosso caminho.

O Espirito Santo nos dá dons especiais para fazer a Igreja e o Reino de Cristo crescer cada vez mais entre nós. Eu oro ao Senhor que use a mim e a cada um de vocês como instrumentos do Espirito, pessoas que ouvem, guardam e praticam a Palavra de Jesus, para que mais gente receba o Espírito da vida. Amém.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Comunhão - Bênção do Senhor e prova do nosso amor!


Leia em sua Bíblia Salmo 133 e João 17.20-26



Quando lemos o Salmo 133, entendemos logo o versículo 1, mas o 2 e 3 não fazem muito sentido para nós. o versículo 2 fala da consagração (unção) do sacerdote, algo como hoje é em nossa igreja a ordenação de um pastor. Era derramado sobre ele um perfume especial, que descia da cabeça para a barba e a gola de sua veste. Isso representava a comunhão que Deus queria ter com seu povo, pois o sacerdote estava ali para levar Deus ao povo e o povo a Deus – tudo como um ato e iniciativa do próprio Deus.

O versículo 3 fala do orvalho do monte Hermom, que é alto e fica longe do monte Sião. Durante a noite, este forte orvalho rega a terra envolta, impedindo a seca e garantindo colheitas naquela região. Este orvalho une os dois montes com a bênção que vem de Deus, descendo do céu. Assim, este pequeno salmo fala da união entre povo de Deus e sua bênção sobre essa união.

Com base neste salmo e no que lemos no evangelho de hoje, vemos que a comunhão entre irmãos é uma bênção do Senhor e prova do nosso amor.

Essa comunhão, como o orvalho sobre os montes, vem de Deus. Com a morte e ressurreição de Cristo por nós, Deus provou seu amor e desejo de comunhão conosco, e pelo Espírito Santo nos dá a fé e cria em nós união com ele e com nossos irmãos. O que nos une é Cristo e seu amor, independentemente de nossas condições sociais, financeiras, de saúde, raça ou nacionalidade.

União com Cristo significa que recebemos seu amor, perdão e salvação. Unidos com Jesus produzimos frutos da fé, e entre eles o amor e a comunhão uns com os outros, como vemos nestes textos:

- Sabemos o que é o amor por causa disto: Cristo deu a sua vida por nós. Por isso nós também devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos. Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações (1Jo 3.16,18).
- E todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, repartindo o pão juntos e fazendo orações. Todos os que criam estavam juntos e repartiam uns com os outros o que tinham. Louvavam a Deus por tudo e eram estimados por todos. E cada dia o Senhor juntava ao grupo as pessoas que iam sendo salvas (At 2.42,44,47).

O que dizem estes versículos é exatamente nosso tema hoje: comunhão entre irmãos é uma bênção do Senhor e prova do nosso amor. Os membros da igreja naqueles dias viviam em verdadeira comunhão de fé e amor e Deus os abençoava com mais gente sendo salva!

Quando cremos em Cristo nos unimos a Ele (Rm 6) e também ao seu Corpo, que é a Igreja, a família da fé. Nesta família somos chamados, como vemos mais de 50 vezes no Novo Testamento, a amar uns aos outros, orar uns pelos outros, aconselhar uns aos outros, servir uns aos outros, ensinar uns aos outros, aceitar, honrar e carregar os fardos uns dos outros – em outras palavras, essas ações mostram nossa união uns com os outros, resultado de nossa união com Jesus Cristo.

O apóstolo Paulo, em Romanos 12, 1 Coríntios 12 e Efésios 4 compara a Igreja com um corpo que tem Cristo como cabeça e nós como os membros. Para se desenvolver, este corpo precisa de cada parte funcionando bem e ligada às outras por meio do amor. É assim que a Igreja vai ser abençoada e crescer, na comunhão entre os irmãos, como diz Paulo:

- Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo (Gl 6.2).
- Sejam sempre humildes, educados e pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam tudo para conservar, por meio da paz que une vocês, a união que o Espírito dá (Ef .2-3).
- Por isso procuremos sempre as coisas que trazem a paz e que nos ajudam a fortalecer uns aos outros na fé (Rm 14.19).

Pedro faz o mesmo incentivo ao amor, paz, união e humildade entre nós, dizendo que todos prestem serviços uns aos outros com humildade, pois as Sagradas Escrituras dizem: “Deus é contra os orgulhosos, mas é bondoso com os humildes!” (1Pe 5.5).

Assim é a comunhão entre os irmãos: comunhão entre irmãos é uma bênção do Senhor e prova do nosso amor. A questão agora é: temos vivido assim aqui em nossa congregação?

Precisamos reconhecer que nossa comunhão precisa melhorar muito, e sempre. Cada um pode analisar sua participação na vida da Igreja e responder: como está minha presença e participação nos cultos e nos grupos de estudo bíblico? Visito, ajudo e oro pelos outros? Junto com os outros, tragos ofertas de gratidão consagradas ao Senhor, para manter e expandir a pregação do Evangelho? Me uno aos irmãos nas ofertas para a cesta solidária? Colaboro com campanhas e projetos? Ou só tenho comunhão quando quero receber algo?

O apóstolo nos chama a atenção na carta aos Hebreus: Animem uns aos outros, a fim de que nenhum de vocês se deixe enganar pelo pecado, nem endureça o seu coração. Pensemos uns nos outros a fim de ajudarmos todos a terem mais amor e fazerem o bem. Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês veem que o dia está chegando (Hb 3.13b, 10.24-25).

Deus sabe que somos tentados a ser egoístas e acomodados, a nos afastar da comunhão com os irmãos na igreja, o corpo de
Cristo. Por isso, ele nos incentiva a cuidarmos uns dos outros no amor de Jesus, e a buscarmos os que se desviam.

Não é da minha conta” é uma frase que não deve existir entre irmãos na fé em Cristo, e a busca da comunhão e dos afastados é tarefa de cada membro, de cada família, além do pastor. Toda a família da fé deve se importar quando há membros se desviando ou não aceitando a Palavra de Deus e o amor de Cristo.

Comunhão entre irmãos é uma bênção do Senhor e prova do nosso amor. Ela acontece onde a Palavra e os sacramentos são valorizados e são o centro de nossa vida, pois é através deles que Deus cria, motiva e fortalece em nós o amor e a comunhão.

Neste mundo não vamos ter comunhão perfeita, pois ainda somos pecadores. Mas, isso nunca deve ser desculpa para nos acomodarmos e deixar de buscar comunhão entre nós. O próprio Jesus orou por isso e Davi diz no salmo 133 que isso é bom e agradável e onde há essa união há a bênção da vida eterna.

Somente com o amor de Cristo em nós podemos viver em comunhão e amor, tanto na família em casa como na família da fé. E hoje lembramos que as mães, tão importantes para nós, tem diante de Deus uma grande missão: ensinar a seus filhos o amor de Deus e o amor e comunhão com os irmãos na fé.

Convido todos a abrir suas Bíblias e lermos juntos, para concluir, o que Paulo nos diz em Colossenses 3.12-17.

Em nome do Senhor Jesus, agradecemos ao Pai por nossas mães e por nossos irmãos na fé, na comunhão do amor. Amém.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Deus nos chama a levar a salvação a todos!


Leia em sua Bíblia Salmo 67 e Atos 16.9-15


Os seres humanos tem muitas vontades, e, hoje, cada vez mais se fala em direitos, que para muitos nada mais é do que poder fazer suas próprias vontades sem ser questionado por ninguém, sem se importar com os direitos e vontades dos outros.

Esse luta por “direitos” e o desejo de cada um de satisfazer as suas vontades começa cada vez mais cedo, com filhos comandando os pais desde bem pequenos, querendo ser sempre o centro das atenções, e é a causa de muitos conflitos, brigas e crimes, tanto dentro das famílias como na sociedade e entre religiões, entre grupos e entre países.

Nesta luta egoísta e vaidosa pelas vontades, cada vez menos as pessoas se perguntam ou querem saber qual é a vontade de Deus, o que Deus realmente deseja para nós seres humanos.

Nós, cristãos, também somos tentados pelo mundo, através do consumismo, das ofertas de prazer e da “liberdade individual”, a não nos importar com a vontade de Deus. Mas, Ele tem uma vontade muito especial em relação a nós e a todas as pessoas.

E qual é a vontade de Deus? Qual é o seu maior desejo? Será que é nos tornar ricos materialmente? Fazer de nós pessoas sem problema algum aqui neste mundo? Nos dar vida mansa e tranquila, com muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender?

O salmo que lemos hoje nos responde isso de maneira muito simples e direta: assim o mundo inteiro conhecerá a tua vontade, e a tua salvação será conhecida por todos os povos (Sl 67.2).

A maior vontade de Deus é que a sua salvação seja conhecida por todas as pessoas, e, como completa Paulo em 1 Timóteo 2.4, Ele quer que todos sejam salvos e venham a conhecer a verdade.

O grande desejo de Deus ao enviar Jesus ao mundo para cumprir sua lei em nosso lugar, ensinar seu amor, ser sacrificado e morto na cruz em nosso lugar e depois ressuscitar, criando e expandindo depois a Igreja pelo mundo inteiro através dos após-tolos, trazendo o Evangelho de Cristo até hoje, é salvar todas as pessoas pela fé em Jesus Cristo, o único e verdadeiro Salvador.

Isso é muito diferente do que ouvimos por aí, inclusive da boca de pessoas que se dizem mensageiros de Deus. Mas não resta dúvida: um exame sério e equilibrado da Palavra de Deus nos leva a esta conclusão – tudo o que Deus fez e ainda faz, através de Cristo e do Espírito Santo, tem o grande objetivo de salvar as pessoas da condenação eterna que todos merecem por nascerem pecadores e afastados da glória de Deus (Rm 3.23).

Por isso, olhando para o Salmo 67 e também para a leitura de Atos 16.9-15, podemos afirmar que Deus nos chama a levar a salvação a todos. Quando somos atingidos pelo seu Evangelho de salvação, somos também convocados e movidos por Deus a fazer parte do seu plano de salvação para todos, sendo salvos e levando então essa salvação a todos.

Deus nos chama a levar a salvação a todos. A missão que Ele tem para nós é clara e está em muitos textos bíblicos, como em Atos 1.8 – vocês receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra, e Marcos 16.15 – vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas.

Mas essa missão não fica num chamado geral. Ela é dada a cada um de nós individualmente, como foi com Paulo no texto de Atos 16. Paulo estava viajando para pregar o Evangelho e tinha um plano para isso, mas através de uma visão Deus lhe mostrou outra direção. Seguindo a orientação do Senhor, o apóstolo acabou pregando Cristo em Filipos e ali uma comerciante, Lídia, creu em Jesus e recebeu Paulo e seus companheiros em sua casa, onde sua família também foi batizada. Depois, como vemos no restante do capítulo, mais pessoas foram salvas naquela cidade.

Assim hoje também Deus nos chama a levar a salvação a todos. Ele chama eu e vocês através da Palavra e das oportunidades que temos no dia a dia de testemunhar que Deus é amor, que Ele quer salvar cada pessoa através de Cristo.

Ele chama pais e mães a testemunharem sua fé aos filhos, amando e perdoando-se um ao outro, ensinando seus filhos a orar e ler a Bíblia, levando-os sempre ao culto e atividades da Igreja, que é a família da fé e o Corpo de Cristo, ensinando aos filhos o respeito aos outros, a obediência e a vida simples, longe do consumismo e egoísmo que o mundo ensina.

Ele chama os filhos a viver na fé em Cristo, obedecendo e respeitado pais, professores, autoridades e todas as pessoas, mostrando comportamento exemplar em casa, na escola e em qualquer lugar.

Ele chama você e eu a mostrarmos nossa fé sendo fiéis membros de sua Igreja, sempre ativos em nossa participação, uso de nossos dons, em nossas ofertas e trabalho voluntário, mostrando assim as pessoas com quem convivemos que a Igreja, a Palavra e o Sacramento tem lugar central em nossa vida.

Deus nos chama a levar a salvação a todos mostrando nossa fé com grandes e pequenos gestos de amor e ajuda, em nosso trabalho, seja como patrões ou empregados, em nossa vizinhança, na escola, no lazer, em qualquer lugar e ocasião.

Ele nos chama a levar sua salvação explicando às pessoas com as quais convivemos qual é a nossa fé, com nossa boca, com
folhetos, livretos, internet e outros meios, além de convidá-los a vir ouvir a Palavra em nossos cultos, estudos e outras atividades.

Deus nos chama a levar a salvação a todos. Para atendermos a esse chamado precisamos sempre continuar:

- meditando: estudando e nos aprofundando na Palavra, para termos conhecimento e autoridade para falar de nossa fé;
- orando: ficando em constante contato com Deus, pedindo especialmente fortalecimento da fé e sabedoria para testemunhar;
- lutando contra a tentação: as tentações e provações sempre vão existir e servem para provar e fortalecer nossa fé. Devemos lutar contra elas firmes na Palavra e Sacramentos e ajudando uns aos outros, com apoio, consolo e fortalecimento mútuo.

Deus nos chama a levar a salvação a todos. Cada um de nós recebe de Deus perdão, vida e salvação, e todos nós recebemos dons, bens, saúde, capacidades e oportunidades de levar o Evangelho de Cristo a muita gente enquanto estamos aqui no mundo. Esta é a grande vontade e o grande plano de Deus para a nossa vida.

Deus nos chama a levar a salvação a todos. Que Ele faça vocês e eu pensarmos cada vez mais na vontade dele, e que, como Paulo, ouçamos o chamado de Deus e levemos sua salvação a muita gente! Amém.