BEM-VINDO AO NOSSO BLOG!


Com muita alegria apresentamos o blog da Paróquia Evangélica Luterana Renascer em Cristo , com sede em Rio Branco, AC.


Além da sede, que fica no bairro Estação Experimental, no caminho do aeroporto, temos também um ponto de pregação aqui na capital no bairro Areal.


No interior atendemos Brasiléia, na divisa com a Bolívia, a 230 Km de Rio Branco, e Redenção e Ramal do Bigode, município de Acrelândia, a 110 Km da capital. Outro ponto de pregação fica na estrada que vai a Porto Acre, a 35 Km daqui.


Queremos compartilhar com vocês mensagens, fotos, informações e notícias de nosso trabalho, com o grande objetivo de levar Cristo para todos, especialmente em nosso estado e região, com é o lema de nossa IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil.


Um grande abraço, no amor de Cristo!



Pastor Leandro.






segunda-feira, 29 de abril de 2013

O DNA do cristão é o amor


Leiam em sua Bíblia João 13.31-35

Podemos dizer que, hoje em dia, nem mãe se falsifica mais, pois o teste de DNA é prova infalível de maternidade ou paternidade. Mas, quando não há desconfiança ou não há dinheiro para se fazer o teste de DNA, uma falsa mãe pode se passar por uma mãe verdadeira para sempre.

Hoje em dia quase tudo é falsificado ou copiado: roupas, calçados, CDs, remédios, bebidas, cigarros, aparelhos eletrônicos, relógios etc. E, acreditem: se falsificam hoje até igrejas e cristãos!

Sim, há pessoas que afirmam serem discípulos autênticos ou até pastores de Jesus, quando na realidade são cristãos falsos, como o inço semeado no meio do trigo, como diz Jesus.

Como podemos saber então quem é cristão verdadeiro e quem é cristão falso? Qual é o DNA do cristão? Qual é a marca que faz a diferença? 
 
Um estudioso da Bíblia {Rodolfo H. Blank, Juan, p. 411, CPH} diz que "hoje em dia muitos creem que a verdadeira marca que distingue o filho de Deus dos filhos do inimigo é a posse de certo dom espiritual, como o dom de línguas ou o dom de curar".

Mas os dons espirituais, diferente dos frutos do espírito, podem ser imitados e falsificados. Na história das religiões vemos que falar em outras línguas e curar existem em quase todas as religiões, até em cultos satânicos. Mas Jesus afirma que os verdadeiros filhos de Deus serão reconhecidos por seu amor.

O inimigo pode imitar e falsificar muitos poderes espirituais, como Jesus diz em Mateus 7.22,23: Quando aquele dia chegar, muitas pessoas vão me dizer: Senhor, Senhor, pelo poder do seu nome anunciamos a mensagem de Deus e pelo seu nome expulsamos demônios e fizemos muitos milagres! Então eu direi claramente a essas pessoas: Eu nunca conheci vocês! Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal!

A única coisa que o inimigo não pode imitar é o amor verdadeiro. Os verdadeiros discípulos de Jesus são conhecidos por seu amor, fruto de uma fé verdadeira em Jesus Cristo, que é o amor encarnado. Assim, o DNA do cristão é o amor!

Sim, meus irmãos, o DNA do cristão é o amor. Mas, não é qualquer amor: não é o amor só de palavras; não é o amor a cargos ou títulos na igreja; não é o amor ao poder e à fama, a recompensas ou reconhecimento; não é o amor ao dinheiro e à prosperidade; não é o amor a si mesmo, ao seu corpo e ao seu prazer; não é o amor ao próprio bem-estar e saúde; não é o amor fingido e interesseiro – só ama se recebe algo em troca.

O DNA do cristão é o amor de Cristo na vida de seus discípulos. É o que ele diz no evangelho de hoje: Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos.

A novidade neste mandamento de Jesus é que esse amor está baseado no próprio exemplo que Ele nos dá com sua humilhação, sacrifício e morte. É como Jesus diz em João 15.12,13: O meu mandamento é este: amem uns aos outros como eu amo vocês. Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles.

E foi isso que Ele fez - deu a vida por todos nós, que nem éramos seus amigos, pois o nosso pecado nos torna inimigos de Deus desde o nosso nascimento.

No seu amor, Cristo nos salvou e escolheu, como diz em João 15.16,17: Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome.

O DNA do cristão é o amor. É o amor de Cristo vivido diariamente por cada cristão, como diz o apóstolo Paulo em Gálatas 2.20: Assim já não sou em quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim.

Assim, para saber se você é um cristão legítimo ou um falso cristão, basta analisar a sua vida e perguntar-se: Procuro viver como Cristo viveu, sempre amando a Deus e aos outros? É Cristo quem vive em mim?  É Ele quem guia meus pensamentos, palavras e ações? Quando tomo qualquer decisão, penso em Cristo e no que Ele acha melhor, ou penso só em mim mesmo?

Geralmente os filhos se parecem com a mãe e o pai. E mesmo que seja um filho adotado, ele se parece com os pais no jeito de falar, de andar, comportar-se e agir. Ele aprende imitando os seus pais. Diz-se que a fruta não cai longe do pé.

Assim, se o DNA do cristão é o amor, ele vai se parecer com aquele que lhe dá o amor, que é seu Pai de amor. Se não, cedo ou tarde se verá que ele não é cristão.

Então, para ajudar um pouco mais em nossa análise de vida, escutemos o que Paulo diz em Gálatas 5.19-26, onde ele mostra os frutos de quem não é filho de Deus e de quem é:  

As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Elas são: a imoralidade sexual, a impureza, as ações indecentes, a adoração de ídolos, as feitiçarias, as inimizades, as brigas, as ciumeiras, os acessos de raiva, a ambição egoísta, a desunião, as divisões, as invejas, as bebedeiras, as farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não receberão o Reino de Deus. 
Mas o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio. E contra essas coisas não existe lei. As pessoas que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a natureza humana delas, junto com todas as paixões e desejos dessa natureza. Que o Espírito de Deus, que nos deu a vida, controle também a nossa vida! Nós não devemos ser orgulhosos, nem provocar ninguém, nem ter inveja uns dos outros.

O DNA do cristão é o amor, o amor de Cristo em sua vida. Temos esse amor porque fomos adotados pelo Pai celestial através do sacrifício de Jesus por nós, como lemos em Gálatas 4.4,5: Mas, quando chegou o tempo certo, Deus enviou seu próprio Filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que nós pudéssemos nos tornar filhos de Deus.
       
      O DNA do cristão é o amor de Cristo em nós, dado a nós no Batismo, na Palavra de Deus e na Santa Ceia. E como os pais querem dar sempre o melhor para seus filhos, Deus quer o melhor para nós, como afirma Paulo em Gálatas 4.6-7: E, para mostrar que vocês são seus filhos, Deus enviou o Espírito do seu Filho ao nosso coração, o Espírito que exclama: Pai, meu Pai. Assim vocês já não são mais escravos; vocês são filhos. E, já que são filhos, Deus lhes dará tudo o que ele tem para dar aos seus filhos.

Que todos nós, dos mais jovens aos mais velhos, aproveitemos as oportunidades de sermos alimentados com o amor de Cristo pela Palavra e pelos santos Sacramentos, e que possamos cada dia mostrar ao mundo o nosso DNA espiritual - o amor de Cristo em nossas vidas!

Duas maneiras concretas de fazer isso: (1) testemunhando o amor de Cristo às pessoas com que convivemos no dia a dia na família, trabalho, escola, vizinhança, com palavras, folhetos, convites e ações concretas de ajuda, solidariedade, consolo e apoio; (2) trazendo nossas ofertas em dinheiro e produtos para a cesta solidária, para manter e expandir o Reino de Deus e ajudar os necessitados.

O DNA do cristão é o amor, o amor de Cristo em nossa vida. Que este amor cresça cada vez mais em todos nós. Amém.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Ouvimos, somos conhecidos e seguimos o Bom Pastor

Leia em sua Bíblia João 10.22-30 e Salmo 23


Em nosso evangelho de hoje, quando perguntam a Jesus se ele é ou não o Messias prometido por Deus e esperado pelo povo, ele responde assim: Eu já disse, mas vocês não acreditaram. As obras que eu faço pelo poder do nome do meu Pai falam a favor de mim, mas vocês não crêem porque não são minhas ovelhas (v. 25-26).

E então ele explica quem e como são as suas ovelhas, dizendo: As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem (v. 27). Jesus diz que as suas ovelhas são as que: ouvem a sua voz; são conhecidas por ele; o seguem.

Nós lemos hoje novamente o belíssimo Salmo 23, escrito por Davi, que foi pastor de ovelhas e sabia muito bem como elas eram conduzidas, conhecidas e cuidadas pelo seu pastor, e por isso o seguiam.

Colocando-se no lugar da ovelha, Davi agora diz que o SENHOR, isto é, o próprio Deus, é o seu pastor. Ele tem toda a certeza de que este Pastor não lhe deixará faltar nada que uma ovelha precisa: descanso, pastos verdes, aguas tranquilas, proteção e direção.

Davi sabe que mesmo passando pelo vale da morte pode contar com o Pastor ao seu lado, e que a bondade e o amor do SENHOR estarão sempre com ele.

Davi sabe que este Pastor o conhece bem e por isso ouve a sua voz e o segue, dizendo que vai morar na casa do SENHOR todos os dias da sua vida.

Nós temos o mesmo Pastor que Davi tinha – o Bom Pastor Jesus. Como Davi, somos ovelhas que não sabem se virar sozinhas, ovelhas que sem o pastor se perdem e são presas fáceis para os inimigos.

Por causa de Jesus, e não de nós mesmos, podemos ser suas ovelhas, pois Ele mesmo diz que o bom pastor dá a vida pelas ovelhas, e estou pronto para morrer por elas (Jo 10.11,15). Nos versículos 27 e 28 Ele ainda diz: As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e por isso elas nunca morrerão. Ninguém poderá arrancá-las da minha mão.

Assim, meus irmãos, não há dúvida nenhuma que o único e verdadeiro Bom Pastor, o SENHOR do Salmo 23, é Jesus, o Cordeiro que se torna pastor, como lemos em Apocalipse 7.17: Pois o Cordeiro, que está no meio do trono, será o pastor dessas pessoas e as guiará para as fontes das águas da vida. E Deus enxugará todas as lágrimas dos olhos delas.

Mas, quem são as suas ovelhas? São aqueles que ouvem a sua voz, são conhecidos por ele e o seguem.

Jesus conhece cada um de nós completamente – o que pensamos, sentimos, planejamos, falamos, fazemos e o que deixamos de fazer. E, mesmo assim, sabendo que já nascemos rebeldes contra ele por causa do pecado, e que muitas vezes tentamos fugir dele, ele quer ser nosso Pastor, quer nos ter como suas ovelhas.

Ele não só conhece muito bem a gente e todas as demais ovelhas, mas ele conhece quem são as suas ovelhas: O Senhor conhece as pessoas que são dele, diz Paulo em 2 Timóteo 2.19.

Somos conhecidos por Jesus, mas somos suas ovelhas não apenas conhecendo Jesus – precisamos ouvir sua voz e segui-lo. Por isso, meus irmãos, é sempre hora de cada um avaliar sua vida e responder a si mesmo, e a Deus:

- tenho ouvido Jesus, lendo e estudando a Bíblia, ouvindo e cantando boa música cristã, ouvindo a Palavra e sua pregação nos cultos e estudos bíblicos, ouvindo meus irmãos na fé, meus pastores e familiares quando me falam em nome de Jesus?

- tenho ido além do ouvir? Tiago nos diz: Cada um esteja pronto para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva. Aceitem com humildade a mensagem que Deus planta no coração de vocês, a qual pode salvá-los. Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática (Tg 1.19,21,22).

Jesus diz que ninguém pode arrancar as suas ovelhas de sua mão, e Davi diz que o Pastor dá tudo o que as ovelhas necessitam. Mas, para não sermos arrancados das mãos do Bom Pastor e recebermos dele suas bênçãos, precisamos ouvir a sua voz e segui-lo, estar sempre perto dele.

Ovelha longe do pastor é ovelha sem bom alimento, sem água pura, sem proteção contra os inimigos e perigos, sem descanso e sem rumo certo e seguro.

       Jesus nos ama profundamente e quer que cada um de nós ouça a sua voz e o siga, mas ele não obriga ninguém a fazer isso. Por isso, eu e todos os membros da igreja devemos convidar, insistir e buscar nossas ovelhas perdidas e afastadas, mas não podemos obriga-las a fazer nada quando elas insistem em não ouvir Jesus e não segui-lo – podemos apenas orar.
  
É muito importante termos a certeza de que Jesus é o Bom Pastor que deu a vida por nós e quer nos conduzir à vida eterna, nos protegendo na jornada e nos dando tudo que necessitamos até chegarmos ao céu. Mas, se não queremos ouvir Jesus e seguir sua voz, ou se ouvimos e não damos importância ao que ele nos diz em nossa vida do dia a dia, poderemos ouvir dele no dia do juízo estas duras palavras: Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu não sei quem são vocês! (Mt 25.12).

Como verdadeiras ovelhas do Bom Pastor Jesus nós o ouvimos, somos conhecidos por ele e o seguimos. Ele quer dizer a cada um de nós no dia final: Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo (Mt 25.34).

Nesta fé que vem pelo ouvir e se mostra no seguir a Jesus, meu avô Bertoldo, de 92 anos, e nosso irmão Chardys, de Acrelândia, de 21 anos, morreram nesta semana. Eles eram ovelhas de lugares e idades diferentes, mas estavam preparados para o banquete celestial do Salmo 23.5 porque ouviam e seguiam Jesus e eram ovelhas de sua mão, conhecidas, amadas e salvas por Ele.

Que Deus conceda a cada um de nós sermos ovelhas que aproveitam todas as oportunidades para ouvir Jesus, que o seguem diariamente e que por isso, por estar sempre com Jesus, serão recebidas nos pastos verdes e nas águas tranquilas da vida eterna. Amém.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Quem se senta no trono da sua vida?


Leia em sua Bíblia Apocalipse 5.1-14

Vocês certamente já viram, na TV ou num livro, um trono. O trono é uma cadeira especial onde se senta apenas uma pessoa – o rei ou a rainha. É um símbolo de poder, é o lugar de honra daquele que governa e deve ser honrado e obedecido pelo povo.

Na leitura de Apocalipse 5.1-14 também vemos um trono, muito especial. Ele está no céu e nele está Deus e alguém chamado de “Cordeiro”. Este Cordeiro, é claro, é Jesus, que foi sacrificado e morto na cruz para comprar e resgatar para Deus pessoas do mundo inteiro, pessoas que antes eram escravas do diabo, pessoas como nós, pecadores.

Nos versículos 11 e 13 vemos os cânticos de todas as criaturas do universo e dos seres celestiais, adorando o Cordeiro.

Assim, o Cordeiro de Deus, Jesus, morto e ressuscitado, é adorado como verdadeiro Rei, digno de todas as homenagens, merecedor de toda obediência e respeito nos céus e na terra.

E o que isso tudo, que João escreveu entre o ano 90 e 100 d.C. e que vai acontecer no juízo final, tem a ver com a gente hoje? O que tem a ver com vocês, comigo, aqui e agora, como membros da Igreja?

Tem tudo a ver! Primeiro, porque nós estamos entre aqueles que Jesus comprou para Deus com sua morte na cruz. Segundo, porque nós nos chamamos de cristãos e dizemos que cremos em Cristo – portanto, somos seus seguidores e servos e queremos estar com os salvos adorando o Cordeiro no dia do juízo final.

Então, pensando no que João nos apresenta aqui, pergunto: Quem se senta no trono da sua vida? É Jesus Cristo, o único e verdadeiro Salvador, o Cordeiro de Deus, ou é você mesmo, o seu próprio eu? 

Quem se senta no trono da sua vida? “É claro que é Jesus”, todos devem estar pensando. E realmente deveria ser. Mas, nem sempre é! Muitas vezes quem está no trono de nossa vida, isto é, quem reina, comanda e guia nosso viver, não é Jesus.

Quem se senta no trono da sua vida? Quem está no trono de nossa vida é aquilo ou quem nós adoramos e consideramos mais importante. Estudiosos do ser humano dizem que adorar é tão natural em nossa vida como comer e respirar. E, quando não adoramos o Deus verdadeiro, sempre adoramos algo em seu lugar, mesmo que seja a gente mesmo.

E como é que adoramos a Deus, como o colocamos no centro de nossa vida e no trono de nosso coração? Essas são algumas maneiras:

- Confiando nele – crendo que Ele sabe o que é melhor para nós;
- Obedecendo-lhe – fazendo o que Ele nos diz na sua Palavra, mesmo quando não entendemos. Isso agrada a Deus porque prova que realmente o amamos (ex.: Abraão e Isaque, Noé e a arca);
- Oferecendo-nos a Ele: entregando 100% de nossa vida a Deus, como lemos em Romanos 12.1. Isso inclui também nosso tempo, corpo e dinheiro. Fazer isso nos liberta de nós mesmos e nos coloca debaixo da direção, sabedoria e proteção de Deus;
- Buscando estar perto dele – a amizade íntima com Deus é uma escolha consciente e intencional que só o cristão pode fazer, com decisão e esforço, guiado pela força que vem do Espírito Santo.

Quando falhamos em confiar, obedecer, oferecer-se e estar perto de Deus, há outra coisa ou ser sentado no trono de nossa vida – muitas vezes o nosso próprio eu ou então o dinheiro.

Sim, o dinheiro, que em si é uma bênção de Deus, pode se tornar um deus para nós, quando o valorizamos mais do que Deus e seu Reino. Mais pessoas são desviadas da adoração e serviço a Deus pelo materialismo do que por qualquer outra coisa. Quando Jesus é o centro de nossa vida, o dinheiro nos serve e nós o usamos para servir a Deus. Mas, se o dinheiro se torna a coisa mais importante para nós, nos tornamos escravos dele.

Na verdade, Deus usa o dinheiro e todas as outras coisas que Ele nos dá para nos abençoar e ver se somos fiéis a Ele. Ele observa como usamos essas bênçãos – para acumular cada vez mais para nós mesmos, ou para ajudar a quem necessita e, principalmente, para ajudar seu Reino e sua Igreja na missão de alcançar cada vez mais gente com o Evangelho salvador de Jesus.

        Quem se senta no trono da sua vida? Você mesmo? Seu trabalho? Seu dinheiro? Seu descanso e diversão? Seus desejos e planos? Suas vontades e prazeres? Ou o Cordeiro de Deus, o Salvador Jesus Cristo?

Vocês já pensaram por que Deus não nos levou direto para o céu, quando nós recebemos sua graça e salvação no dia do batismo, ou quando cremos nele? Por será que Deus nos deixa viver tantos anos neste mundo tão difícil e cheio de sofrimentos?

A resposta, meus irmãos, é que Deus quer que Jesus reine no trono de nossa vida com um grande propósito, uma grande missão para cada um de nós enquanto estamos neste mundo: levar sua salvação a outros, como cristãos no nosso dia a dia e como Igreja em nossa sociedade.

Por isso, ter Cristo sentado no trono de nossa vida é muito mais do que saber algumas doutrinas na cabeça e participar de cultos na igreja; é deixar o Rei Jesus conduzir nosso viver e nosso caráter, é ter nosso relacionamento com Ele como centro da nossa vida. Esse relacionamento acontece também através de nossas relações com as outras pessoas que também crêem no Cordeiro de Deus – os irmãos na fé.

É aqui que entra a Igreja, o Corpo de Cristo. Cristo ama tanto a Igreja que morreu na cruz por ela, com diz Paulo em Efésios 5. Quando Jesus está no trono de nossa vida, amamos a Igreja, porque ela é o corpo de Cristo e Ele é sua Cabeça. Por isso, sempre que relaxamos em nossa participação na Igreja, toda a nossa vida espiritual é prejudicada e fazemos mal também aos nossos irmãos na fé.
  
Quem se senta no trono da sua vida? Será que devemos viver só para nós mesmos – eu no trono? Ou vamos viver o restante de nossa vida para adorar a Deus e seu Cordeiro, que nos salva e promete recompensas eternas aos seus filhos fiéis?

Há pessoas na Igreja que depois de muitos anos descobrem que o maior impedimento para as bênçãos de Deus em sua vida não são os outros, mas elas mesmas – sua teimosia, seu orgulho, seu egoísmo. Descobrem que nunca deixaram Deus sentar-se de verdade no trono da sua vida, mesmo parecendo “religiosas” a vida toda.

Deus não quer que isso aconteça com você. Ele quer sentar-se no trono da sua vida para conduzir você à vida eterna, pois foi para isso que o Cordeiro de Deus se sacrificou na cruz. Ele quer governar a sua vida com o seu grande amor, e através de você levar a sua salvação a muita gente.

Ele quer ter você e muitos outros junto com os anjos e todos os salvos no céu, cantando: O Cordeiro que foi morto é digno de receber poder, riqueza, sabedoria e força, honra, glória e louvor (v.11).

Quem se senta no trono da sua vida? Que seja sempre Jesus, o Cordeiro de Deus, o Salvador, hoje e cada dia da sua vida, para que você seja feliz aqui e na vida eterna! Amém.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Com sua paz, Jesus nos envia!


Leia em sua Bíblia João 20.19-31 e Apocalipse 1.4-18

O texto do evangelho de hoje, que nos relata dois encontros do Cristo ressuscitado com seus discípulos – um no domingo de Páscoa e outro no domingo seguinte, é riquíssimo em temas e ensinos de fé para nossas vidas. Podemos falar:

- do poder divino de Jesus, que estava vivo em carne e osso e entrou na sala trancada sem abrir a porta;
- da sua paz, com a qual ele saúda e tranquiliza os discípulos e a nós – uma paz diferente daquela que o mundo dá (Jo 14.27, 16.33; Cl 1.20);
- da incredulidade de Tomé e da bem-aventurança do crer sem ver;
- do porque o evangelho foi escrito, qual o objetivo de termos a vida e obra de Jesus relatadas por João e mais três evangelistas.

E podemos também falar do que Jesus disse após deseja sua paz aos discípulos, no versículo 21: Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.

Como fez aquele dia com seus discípulos, Jesus também faz hoje com todos e cada um de nós: Com sua paz, Jesus nos envia!

Mas, para que Jesus enviou os discípulos e hoje envia a nós? Jesus nos envia: (a) para anunciarmos seu perdão, como vemos no versículo 23, e (b) para servirmos com seus sacerdotes, como lemos em Apocalipse 1.6: e fez de nós um reino de sacerdotes a fim de servirmos ao seu Deus e Pai.

Com sua paz, Jesus nos envia, para anunciarmos seu perdão. Jesus não só nos envia como também nos dá sua autoridade para perdoarmos pecados aos que confessam seus pecados e creem na misericórdia de Deus em Cristo, e não dar o perdão aos que não se arrependem e/ou não creem em Cristo.

Este envio de Jesus também é chamado de Grande Comissão e é dito por Jesus de outras formas em Mateus 28.19-20, Marcos 16.15-16, Lucas 24.45-49 e Atos 1.8.

Os discípulos, especialmente depois de receberem o Espírito Santo prometido por Jesus, no Pentecostes – 50 dias depois da Páscoa – cumpriram esta missão recebida de Jesus mesmo quando ameaçado, perseguidos e presos, como lemos em Atos 5.11-32. Pedro corajosamente diz aos líderes religiosos que os prenderam: Nós somos testemunhas de tudo isso – nós e o Espírito Santo, que Deus dá aos que lhe obedecem.

Com este mesmo Espírito que Pedro e os discípulos tinham, hoje, com sua paz, Jesus nos envia para anunciarmos seu perdão. Este Espírito Santo, que recebemos no batismo e que continua vindo a nós na Palavra e Santa Ceia, nos dá coragem para usarmos as chaves que abrem as Escrituras – Lei e Evangelho – e a chave que abre o céu para as pessoas – o perdão conquistado por Jesus com seu sangue na cruz.

Se nos falta coragem, iniciativa, ânimo e ação para anunciarmos o perdão de Cristo para as pessoas que Deus põe em nosso caminho, não é porque o Espírito em nós é menor ou mais fraco que o que os discípulos tinham.

Certamente é porque, como Tomé, muitas vezes duvidamos da Palavra e do poder de Deus, ou porque não alimentamos a fé como deveríamos – a média de participação dos membros em muitas igrejas é baixa - e consequentemente também não nos aprofundamos na Palavra de Deus que precisamos conhecer bem para levar sua mensagem aos outros.

No entanto, Jesus não desiste de nós e não muda de ideia: com sua paz, Jesus nos envia, também para servirmos como seus sacerdotes. João, no texto de Apocalipse que lemos hoje, diz que Jesus nos ama, e pela sua morte na cruz nos livrou dos nossos pecados, e fez de nós um reino de sacerdotes a fim de servirmos ao seu Deus e Pai. A Jesus Cristo sejam dados a glória e o poder para todo o sempre! Amém. (Ap 1.5c-6).

João aqui repete o que Pedro nos diz em sua primeira carta: Mas vocês são a raça escolhida, os sacerdotes do Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a ele. Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz (1Pe 2.9).

Os sacerdotes eram aqueles que serviam a Deus levando ao Senhor os sacrifícios, ofertas e orações do povo. Jesus foi tanto o sacerdote perfeito como o sacrifício perfeito para Deus em nosso favor, de uma vez por todas (Hb 4.14-5.10).

Jesus agora nos envia para servirmos como seus sacerdotes, em espírito de humildade como ele mesmo tinha (Fp 2.5-11) e como diz o rei Davi no Salmo 51.17: Ó Deus, o meu sacrifício é um espírito humilde; tu não rejeitarás um coração humilde e arrependido.

Como Jesus, somos sacerdotes e também apresentamos sacrifícios de adoração a Deus, como Paulo nos diz em Romanos 12.1: Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus.

Como enviados de Jesus como seus sacerdotes, nossa principal missão é anunciar seu perdão e maravilhosa salvação a todos. Por isso, como diz um estudioso bíblico (Rodolfo Blank, CPH, 1999, p.573), vamos também:

- Dar honra e glória ao que envia (Jo 5.23, 7.18).
- Fazer a vontade e as obras do que envia (Jo 4.34, 5.30-38, 6.38-39, 9.4).
- Proclamar as palavras do que envia (Jo 3.34, 7.16, 12.49, 14.10,24).
- Prestar contas ao que envia (Jo 17).
- Dar testemunho em favor do que envia (Jo 5.36, 7.28-8.26).
- Agir como representante do que envia (Jo 12.44-45, 13.20, 15.18-25).
- Exercer a autoridade delegada pelo que envia (Jo 5.21-22,27, 13.3, 17.2, 20.23).
- Conhecer o que envia, ter comunhão com ele (Jo 7.29, 8.16, 15.21, 17.8,25, 16.31, 18.29).
- Seguir o exemplo do que envia (Jo 13.16).

Tudo isso nós só podemos fazer tendo em nós o Espírito Santo, e mesmo assim ainda seremos imperfeitos porque ainda somos pecadores. Mas, como Jesus não rejeitou os discípulos depois de o terem abandonado e negado, nem a Tomé por ele não ter crido na ressurreição, porém assim mesmo os abençoou e enviou com sua paz, autoridade, poder e seu Espírito, ele insiste em nos enviar hoje para que, anunciando seu perdão e servindo como seus sacerdotes, as pessoas creiam que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, crendo, tenham vida por meio dele, com diz João no final de nosso texto.

Jesus envia vocês e eu, meus irmãos. Fortalecidos pela Palavra e Santa Ceia, deixemos de lado o medo, o desânimo, as desculpas e o comodismo. Temos à nossa disposição a paz, o amor, o perdão e o poder de Cristo, com seu Espirito Santo. Ele, com sua paz, nos envia.

Que possamos sempre responder ao seu envio com as palavras do profeta Isaías: Aqui estou eu. Envia-me a mim! (Is 6.8). Amém.


terça-feira, 2 de abril de 2013

CRISTO RESSUSCITOU - ELE VIVE!


Leia em sua Bíblia Lucas 24.1-12


Calcula-se que foi numa tarde de uma sexta-feira, dia 07 de abril do ano 30 d.C., que o mundo foi cenário para uma acontecimento inédito. Nunca se viu algo parecido na história da humanidade. No alto de um morro, perto de Jerusalém, está pendurado, morto, o Rei do universo, de braços abertos, com mãos e pés perfurados por pregos, com o corpo desfigurado e ensanguentado.

Porém, um novo dia surgiu na história! No primeiro dia da semana, Domingo de Páscoa, aconteceu um fenômeno que deixou os próprios discípulos assombrados. As mulheres que foram à sepultura de Jesus a encontraram aberta e vazia. E essa tumba vazia tinha uma mensagem de fé, vida e esperança para nós e para o mundo inteiro: Cristo ressuscitou – Ele vive!

Jesus, crucificado e morto por causa de nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia, trazendo ao mundo a mensagem de reconciliação, a única que conduz o ser humano de volta à comunhão com o Deus verdadeiro.

Nós, que temos o privilégio de pregar esta mensagem poderosa a tantas pessoas, com os corações cheios de alegria e ânimo, queremos hoje concentrar nossa atenção na história da ressurreição de Jesus, conforme o texto de Lucas 24.1-12.

Na madrugada da primeira Páscoa cristã, antes do Sol nascer, três das mais dedicadas seguidoras de Jesus foram à sua sepultura: Maria Madalena, Joana e Maria mãe de Tiago. Iam embalsamar o corpo do mestre. Na sexta-feira puderam fazer apenas um embalsamento rápido, pois com o por do Sol começava o sábado judaico, em que era proibido qualquer tipo de trabalho.

Então, terminando o sábado, as mulheres queriam terminar o embalsamento. Conseguiram os perfumes caros especialmente para o corpo de Jesus, o que mostra que elas não criam na possibilidade de uma ressurreição.

Mas, elas estavam enganadas, pois ao chegar ao túmulo viram, com espanto, que a pedra que fechava a tumba estava removida. Entraram e não encontraram o corpo de Jesus. Ficaram perplexas, não sabiam o que fazer. Então, apareceram diante delas dois homens com roupas muito brilhantes. Com medo, se inclinaram até o chão. Os homens, que na verdade eram anjos, lhes disseram: Por que é que vocês estão procurando entre os mortos quem está vivo? Ele não está aqui, mas foi ressuscitado.

Com estas palavras dos mensageiros de Deus, aquelas que vieram trazendo perfumes para um mestre morto, recobraram o ânimo, pois souberam que Jesus voltara da morte, estava bem vivo.

Os anjos então lembraram as mulheres que isto estava de acordo com o que Jesus havia predito enquanto estava na Galileia: O Filho do Homem precisa ser entregue aos pecadores, precisa ser crucificado e precisa ressuscitar no terceiro dia.

As mulheres voltaram correndo para dar a maravilhosa notícia aos discípulos. Estes pensaram que o que elas diziam era loucura, mas Pedro assim mesmo correu ao sepulcro para conferir. Verificou tudo e viu apenas os lençóis. Admirado e surpreso, voltou para casa. Jesus não estava mais lá, ele estava vivo, bem vivo.

O que acabamos de ouvir, meus irmãos, é a verdade fundamental de nossa fé cristã. Não se trata de qualquer morto que ressurgiu, mas de Jesus que venceu e voltou da morte. Na manhã de Páscoa ele ressuscitou, vencendo nossos piores inimigos: o diabo, o pecado e a morte. Por isso, mesmo que passemos pela morte física, temos certeza de nossa ressurreição no dia do juízo final.

E mais: enquanto estamos no mundo, Cristo também quer vencer as trevas do pecado em nós para que diariamente morramos para o velho eu em nós e ressuscitemos com ele para uma nova vida com ele, em amor a Deus e ao próximo.

A alma cristã, que conhece e crê na mensagem da ressurreição, não teme a morte eterna. Jesus garantiu nossa vitória com sua ressurreição, de modo que, com relação aos mortos, não ficamos entristecidos como ficam aqueles que não têm esperança, como diz Paulo (1Ts 4.13).

A ressurreição de Cristo é, sem dúvida, também o mais poderoso incentivo para nossa fé e para nosso trabalho no Reino de Deus. Movidos por seu amor e em resposta ao que Cristo fez por nós, Ele espera agora que nós, entre outras coisas:

- Adoremos a Deus como seus filhos amados, aqui na igreja, em comunhão com nossos irmãos e em nossa vida particular, familiar e em sociedade;
- Levemos o amor e salvação de Jesus a outros através de nossas palavras e ações, nossa vida de fé;
- Dediquemos decididamente nosso tempo, dons, bens e dinheiro nas múltiplas oportunidades que temos na igreja e na sociedade para servir a Cristo no serviço ao próximo;
- Busquemos qual é o nosso lugar, dom e serviço dentro do corpo de Cristo, a Igreja, e nos dediquemos a ser membros ativos deste corpo;
- Oremos fervorosamente uns pelos outros e sejamos unidos em nosso servir a Deus, como corpo de Cristo que somos.

Meus irmãos, Cristo ressuscitou, Jesus está vivo, bem vivo. Mas, será que crer ou não crer na ressurreição de Cristo e em nossa própria ressurreição faz alguma diferença na vida de alguém? É claro que sim! Aquele que não crê, além de não ser salvo (Mc 16.16), vive com esta filosofia de vida: Comamos e bebamos porque amanhã morreremos (1Co 15.32). Mas aquele que crê verdadeiramente, além de ser salvo eternamente (Rm 10.9), confessa com o apóstolo Paulo: Para mim viver é Cristo, e morrer é lucro (Fp 1.21).

Como cristãos sabemos que um dia, cedo ou tarde, morreremos. Mas vivemos nosso dia a dia com esta certeza: não caminhamos da vida para a morte, mas da morte para a vida.

Irmãos e irmãs: de onde veio a súbita transformação das mulheres e dos discípulos depois da manhã de Páscoa, de medrosos a valentes cristãos? De onde veio a coragem alegre de milhares de cristãos que, mesmo enfrentando a morte por causa de sua fé, ficaram firmes nela? O que ainda hoje dá coragem a milhões de cristãos que são perseguidos e até mortos por causa do Evangelho?

A resposta é apenas uma: de sua fé nas palavras de Jesus: Porque eu vivo, vocês também viverão (Jo 14.19). Estas palavras do Cristo vivo têm, para os cristãos, uma palavra de vida para vida. Para os que não creem, são uma palavra de morte para morte.

E para vocês, queridos irmãos, o que significam estas palavras – Cristo ressuscitou – Ele vive? Palavras de vida ou de morte?

Com a vitória de Cristo sobre a morte nossa vida recebe verdadeiramente um novo conteúdo e uma nova direção, e podemos estar consolados e dizer com toda a certeza: Cristo ressuscitou – Ele vive e nós também viveremos! Assim seja. Aleluia! Amém.