BEM-VINDO AO NOSSO BLOG!


Com muita alegria apresentamos o blog da Paróquia Evangélica Luterana Renascer em Cristo , com sede em Rio Branco, AC.


Além da sede, que fica no bairro Estação Experimental, no caminho do aeroporto, temos também um ponto de pregação aqui na capital no bairro Areal.


No interior atendemos Brasiléia, na divisa com a Bolívia, a 230 Km de Rio Branco, e Redenção e Ramal do Bigode, município de Acrelândia, a 110 Km da capital. Outro ponto de pregação fica na estrada que vai a Porto Acre, a 35 Km daqui.


Queremos compartilhar com vocês mensagens, fotos, informações e notícias de nosso trabalho, com o grande objetivo de levar Cristo para todos, especialmente em nosso estado e região, com é o lema de nossa IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil.


Um grande abraço, no amor de Cristo!



Pastor Leandro.






segunda-feira, 28 de novembro de 2011

COM A GRAÇA DE DEUS, VIGIEMOS NA FÉ!

Leia em sua Bíblia Marcos 13.24-37

Estimados irmãos e irmãs no Salvador Jesus.

Eu sempre agradeço a Deus por causa da graça que ele tem dado a vocês por meio de Cristo Jesus. Por estarem unidos com Cristo Jesus, vocês foram enriquecidos em tudo, tanto no dom de anunciar o evangelho como no dom da sabedoria espiritual (1Co 1.4-5). Ao iniciarmos mais um período de Advento, faço minhas estas palavras do apóstolo Paulo na epístola de hoje.

Se em nosso Evangelho de hoje Jesus nos avisa seriamente para não dormirmos na fé, dizendo que se ele chegar de repente, que não encontre vocês dormindo! O que eu lhes digo, digo a todos: fiquem vigiando!, na epístola Paulo nos anima, dizendo que a graça de Deus nos é dada por meio de Jesus e que o próprio Cristo vai nos conservar firmes até o fim, para que na volta de Jesus não tenhamos culpa de nada e assim sejamos salvos. Ele conclui dizendo: Deus é fiel e chamou vocês para vivam em união com o seu Filho Jesus Cristo, o nosso Senhor (1Co 1.9).

Por isso, neste tempo de Advento, com a graça de Deus, vigiemos na fé! E antes de refletirmos sobre este vigiar na fé, vamos ver o que significa este tempo de Advento em nossa vida.

O Advento nos lembra o passado, pois, desde o 1º livro do AT, Gênesis, até o último, Malaquias, Deus anunciou através dos pais da fé e dos profetas que enviaria um Salvador ao mundo, para salvar todas as pessoas de seus pecados. O Advento lembra o passado, pois no tempo escolhido por Ele, Deus cumpriu a promessa e enviou seu Filho, Jesus Cristo, para nascer como um de nós, pelo ES, através de Maria, e depois cumprir o plano de salvação do Pai.

O Advento também nos faz olhar para o futuro, pois assim como veio uma vez, Cristo voltará com poder e glória, para julgar os vivos e os mortos, para criar novos céus e nova terra e para receber em seu Reino os seus filhos, os que nele creram e lhe foram fiéis até a morte.

       E o Advento nos faz pensar no presente, pois o Salvador continua vindo. Hoje Ele vem a nós pela Palavra e Sacramentos – Batismo e Santa Ceia. Vem para nos fortalecer na fé, nos dar ânimo, consolo, esperança e orientação através do seu ES.

Então, neste tempo de Advento, com a graça de Deus, vigiemos na fé! No v. 33 Jesus diz: Vigiem e fiquem alertas, pois vocês não sabem quando chegará a hora.

É importantíssimo ficar alertas, cada vez mais conhecedores da Palavra pura de Deus, pois Jesus avisa em Mt 24: Tomem cuidado para que ninguém os engane. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu e dizendo: “Eu sou o Messias!” E enganarão muitas pessoas... muitos falsos profetas aparecerão e enganarão muita gente.

Há uma pesquisa que diz que existem no mundo cerca de 1500 pessoas (isso mesmo!) que afirmam ser uma encarnação de Jesus Cristo. Sem contar uma infinidade de religiões que se dizem cristãs – cerca de 40.000 – ou falam em nome de Jesus, mas que muitas vezes são lobos disfarçados de ovelhas, como diz o próprio Jesus.

Diante disso, todo o cuidado é pouco e por isso Jesus insiste tanto aqui e em outros textos sobre a vigilância constante e séria. Não podemos dormir nunca na fé, pois como diz Pedro, estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o Diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar. Fiquem firmes na fé e enfrentem o Diabo (1Pe 5.8-9a).

Para ficarmos alertas e firmes na fé precisamos da graça de Deus. A graça de Deus significa o seu favor que nós não merecíamos, por sermos pecadores – o favor amoroso revelado em Cristo que por nós sofreu, morreu e ressuscitou, dando-nos o perdão, a vida eterna e a salvação do Pai.

Essa graça, como já dissemos, vem a nós através de meios – os meios da graça, que são a Palavra de Deus, o Batismo e a SC. Quando fomos batizados recebemos esta graça e fomos unidos com Cristo, como lemos em Rm 6, sendo acolhidos por Deus, como diz o nosso lema em 2011. Depois, através da Palavra de Deus e da SC, somos alimentados, fortalecidos e fundamentos na graça, como diz o novo lema, que vale a partir de amanhã, 1º domingo de Advento e ano novo da Igreja.

Então, para que com a graça de Deus, vigiemos na fé, precisamos estar sempre unidos com Cristo, permanecendo nele, como vimos também nos estudos dos grupos durante este ano.

Aí entra a Igreja, que é o corpo de Cristo. É através da Igreja que Deus distribui os meios da graça, ou seja, através de nós. Cada culto, cada estudo bíblico, cada reunião de grupos, servas, escola bíblica e outras atividades que temos é uma oportunidade de sermos alimenta-dos, fortalecidos e fundamentados na graça e na fé em Cristo.

Mas não só isso – cada uma destas também é uma oportunidade para aprendermos como vigiar na fé e levar esta graça de Deus ao próximo – ao nosso vizinho, amigo, colega de trabalho, escola ou lazer, aos familiares e aos desconhecidos que Deus coloca em nosso caminho no dia a dia.

Enquanto o mundo sem Cristo se prepara para um Natal de compras e festas, viagens e presentes, onde cada vez mais o personagem principal é o “bom velhinho” e até se fala em paz, amor e alegria, mas que são frágeis e passageiras, nós somos convidados a vigiar na fé, com a graça de Deus.

Enquanto o mundo depende dessas coisas para ter paz e alegria que duram pouco, nós podemos dizer com Davi, no Sl 62.7, que é o versículo base para nosso novo lema: A minha salvação e a minha honra dependem de Deus; ele é a minha rocha poderosa e o meu abrigo.

Com a graça de Deus, vigiemos na fé! Podemos vigiar porque estamos unidos a Jesus, como diz Paulo no v. 9. Podemos vigiar porque cremos no que diz o profeta Isaías no texto de hoje: Mas tu, ó SENHOR Deus, és o nosso Pai; nós somos o barro, tu és o oleiro, todos nós fomos feitos por ti  (Is 64.8).

Com a graça de Deus, vigiemos na fé! Que cada um de nós possa ficar firme na graça de Deus, unidos com Cristo pela Palavra e Sacramentos, fundamentados no seu amor e, assim, vigilantes na fé dia e noite, em todos os lugares e tempos, até sermos recebidos por Jesus no seu Reino de amor!

E, como diz Paulo em nossa epístola, que a graça e a paz de Deus, o nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês! Amém.

Pastor Leandro.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ADVENTO - A Vinda de Cristo

   Boas notícias são raridade. A cada novo dia vivemos na expectativa de que agora vai mudar. A chegada de um novo ano enche as pessoas de esperanças. Mas, pela incerteza do futuro também é incerto aquilo que se espera.
       Para a igreja cristã está iniciando o novo ano com o primeiro Domingo no Advento. O que os cristãos esperam é a boa notícia de sempre: a vinda de Cristo. Num primeiro momento é lembrada a vinda de Cristo em sua natureza humana como o menino de Belém (Natal). Quando Deus enviou um anjo para falar com José, este lhe disse: “José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.” (Mateus 1.20-21).
       Esta deveria ser a grande expectativa do povo de Deus no Antigo Testamento: o perdão dos pecados pela morte de Jesus na cruz. No entanto, não era. Tanto é que ficaram frustrados quando viram que o Messias prometido não tinha um grande exército e nem era um grande rei. O primeiro advento de Cristo foi ignorado ou não aceito pela maioria do seu próprio povo. Assim, continuavam a esperar por notícias melhores e com o futuro incerto.
       Hoje, a igreja cristã continua anunciando a vinda de Cristo com ênfase pela segunda vez. Pela Palavra (Bíblia) e Sacramentos (Batismo e Santa Ceia) ele vem diariamente a nós. A grande expectativa está pela sua vinda no fim dos tempos. Ele virá para julgar o mundo. “Quando o Filho do Homem (Jesus) vier como Rei, com todos os anjos, ele se sentará no seu trono real. Todos os povos da terra se reunirão diante dele, e ele separará as pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas das cabras.” (Mateus 25.31-32).
       Nós, os cristãos, aguardamos a segunda vinda de Cristo com alegria. Enquanto ele não chega, também vivemos na esperança de dias melhores. Mas, se estes não vierem, não ficaremos frustrados. A boa notícia está no anúncio do perdão dos pecados. E, o que mais aguardamos está por vir. Em breve ouviremos do Senhor Jesus: “Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo.” (Mateus 25.34).  Pela certeza do futuro é real e certo aquilo que esperamos. Feliz e abençoado Advento e Natal a todos.

Pastor Fernando E. Graffunder
Três Vendas – Pelotas, RS.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Que tipo de servos Jesus vai encontrar em nós?


Leia em sua Bíblia Mateus 25.14-30


Imaginem que nosso governador recebesse da presidente Dilma uma verba para ser aplicada em nosso estado. Se depois de alguns meses o governador lhe dissesse assim: “Olha, presidente, eu sei que a senhora é muito exigente e, por isso, eu guardei todo o dinheiro que a senhora mandou em um cofre. Ele está todo lá, não falta nada.”

Eu creio que a presidente o chamaria de incompetente, preguiçoso ou mau administrador. Ainda mais quando o mundo todo passa de novo por uma crise financeira e o dinheiro está curto e, por isso, tem que ser bem aplicado de maneira ainda melhor.

Jesus, continuando seus avisos sobre o fim dos tempos, conta no evangelho de hoje uma história parecida com essa. A diferença é que o patrão representa não um político, mas o próprio Senhor Jesus. É ele quem foi viajar, quando subiu ao céu depois de sua ressurreição. E a nós cristãos, seus servos aqui no mundo, deixou a tarefa de fazer render seus investimentos, até o dia do juízo final, quando ele vai voltar.

Na história o patrão deu a cada empregado uma quantia para investirem, segundo a capacidade de cada um. Calculando um dia de serviço no valor de apenas 40 reais, o primeiro empregado recebeu o equivalente a 1,2 milhões de reais, o segundo recebeu cerca de 480 mil e o terceiro 240 mil.

Ao prestar contas, os dois primeiros tinham feito o dinheiro render o dobro, mas o terceiro, por preguiça e negligência, tinha guardado o dinheiro e deu uma desculpa boba, acusando o patrão de ser mau, para tentar esconder sua própria falha. O patrão lhe disse que, já que pensava isso, deveria ter se esforçado mais ainda para agrada-lo, pelo menos fazendo o dinheiro render juros.

Enquanto os empregados competentes conquistaram ainda mais a confiança do patrão e foram festejar com ele, o preguiçoso foi jogado na escuridão e ficou sem nada.

         Com essa história Jesus quer nos levar a refletir sobre como estamos usando, administrando e cuidando do que ele nos dá enquanto vivemos aqui no mundo. Como diz o v. 13, ninguém sabe quando Cristo vai voltar, mas sabemos que ele espera nos encontrar como os dois primeiros empregados: trabalhando fielmente e com dedicação para fazer render o que ele nos confiou, conforme a capacidade de cada um de nós. Assim, podemos perguntar: Que tipo de servos Jesus vai encontrar em nós?

Servos bons e fiéis é o que ele espera que sejamos. Desde o nosso batismo ele nos deu de graça muitos dons espirituais: a fé salvadora, o perdão, vida e salvação, libertação do pecado e morte eterna. Também nos deu muitos dons materiais: o pão de cada dia, saúde, família, trabalho e proteção. E ainda os dons de serviço: dons de ensinar, cantar, consolar, aconselhar, evangelizar, liderar, etc.

E todos nós recebemos um dom especial, que é o que melhor deve ser usado e administrado para render salvação de muitas pessoas: a salvação de Cristo revelada na Palavra de Deus.

Então, é isso que Jesus espera de nós – que sejamos servos bons e fiéis na administração da sua salvação, da sua Palavra e de todos os outros dons, que estão a serviço da fé em Cristo. A Bíblia tem muitos exemplos de pessoas que, sendo pecadoras como nós, guiadas pelo ES foram fiéis administradoras do que Deus lhes confiou: Paulo, Pedro, João, os profetas e muitos cristãos anônimos.

E nós, meus irmãos? Que tipo de servos Jesus vai encontrar em nós? Ele espera que nós também sejamos servos fiéis. Mas, examinando nossa vida, vamos ver que muitas vezes fomos mais parecidos com o empregado acomodado na história – fomos maus e preguiçosos. E para ver que não estou exagerando, vamos ouvir alguns versículos bíblicos sobre isso: Todos nós nos tornamos impuros, todas a nossas boas ações são como trapos sujos. Somos como folhas secas; e os nossos pecados, como uma ventania, nos carregam para longe (Is 64.6). Assim deve ser com vocês. Depois de fazerem tudo o que foi mandado, digam: "Somos empregados que não valem nada porque fizemos somente o nosso dever (Lc 17.10).

Jesus diz que mesmo que fizéssemos tudo o que Deus pede, ainda seríamos servos inúteis. Pior então é a nossa situação, pois quantas vezes fazemos o mínimo do que Deus quer, em vez do máximo que podemos! E às vezes ainda achamos que somos melhores do que outros, pois estamos sempre na igreja, ofertamos, etc. Vamos então refletir sobre algumas coisas que Deus espera de nós:

·      Sempre colocamos Deus em 1º lugar em nossa vida, como diz o 1º Mandamento e lemos em Mt 6.33?

·      Santificamos o dia do descanso, como diz o 3º Mandamento, aproveitando as oportunidades de ler, ouvir e estudar a Palavra?

·      Respeitamos o 8º Mandamento, ou caímos na tentação das fofocas?

·      Guardamos mágoa e rancor, ou perdoamos quem nos ofende?

·      Quando somos abençoados materialmente por Deus, pensamos em usar isso também para o serviço no Reino de Deus, ajudando a igreja a crescer, ou pensamos apenas em nós mesmos?

·      Procuramos descobrir e usar nossos dons? Já preenchemos nossa folha de dons e serviço na igreja?

·      Procuramos melhorar no testemunho de nossa fé? Quantas pessoas já conheceram o verdadeiro Salvador através de nós? Já escolhemos uma família para ser nosso alvo evangelístico?

·      As pessoas que convivem com a gente sabem, por nossas palavras e ações, pelo ambiente de nossa casa, que somos cristãos, com uma mensagem especial para elas?

·      Enfim, o crescimento de nossa igreja mostra mais que somos servos bons e fiéis, ou que somos servos acomodados com a situação atual?

 Talvez fomos fiéis a Deus em algumas coisas. Mas pensando só nessas poucas coisas que eu listei, vemos que muitas vezes temos sido servos acomodados, que não fizeram nem sequer o que Deus esperava de nós – nós que somos tão ricamente abençoados por ele!

Alguém pode pensar agora: mas e o que eu já fiz de bom como cristão, não vale nada? Se fizemos, meus irmãos, foram frutos da fé e ação do ES em nós, pois Jesus diz que sem ele nada podemos fazer. Podemos nos alegrar por poder servir a Deus, mas não nos orgulhar disso, pois somos pecadores e precisamos da graça e amor de Deus sempre, principalmente para podermos fazer a vontade dele.

Que tipo de servos Jesus vai encontrar em nós? Servos bons fiéis é o que Jesus quer nos ajudar a ser. Através de sua morte e ressurreição, Cristo cumpriu toda a lei e vontade de Deus em nosso lugar e nos garantiu o perdão para todos os nossos pecados, como pessoas e como igreja. Ele quer e apenas ele pode nos perdoar e livrar-nos do inferno, que é o destino de servos preguiçosos, orgulhosos e acomodados. Somente ele pode nos libertar da acomodação, da frieza, do apego aos bens materiais, enfim, dos pecados que nos impedem de ser servos bons e fiéis até o fim, como ele foi.

Por isso, vamos confessar hoje e todos os dias nossos pecados ao Senhor e confiemos nele para vencê-los. Mas lembremos: é a força que vem de Cristo que nos dá liberdade, alegria e ânimo para a vida cristã, e não nossa força de vontade ou pensamento positivo. É o próprio Jesus que vai nos fazer ser servos bons e fiéis, e não nossa decisão de melhorar. Tudo o que devemos fazer é entregar toda a nossa vida em suas mãos – corpo e alma, pensamentos, decisões e ações.

Já temos tudo que precisamos para sermos servos bons e fiéis: a salvação de Cristo e a Palavra e Sacramentos. Se com humildade e pelo poder do ES ficarmos firmes nessa Palavra, buscando progredir na fé e colocando tudo nas mãos de Deus, aí sim podemos ser servos bons e fiéis, não por nossos esforços, mas porque Deus vai olhar para nós através de Cristo e vai ver que é nele que nos agarramos e nos firmamos.

Que tipo de servos Jesus vai encontrar em nós? Que Deus faça cada um de nós ser encontrado como um servo bom e fiel, um servo que confia no Salvador Jesus e que vive a fé na prática, motivado e guiado pelo amor de Cristo, que foi o servo bom e fiel que conquistou para nós a salvação eterna!

Que Deus nos encontre sempre fiéis, servindo a Deus com alegria com tudo o que somos e temos, por causa da sua salvação! Amém.

domingo, 6 de novembro de 2011

Para entrar na festa do noivo Jesus, vigiemos!


Leia em sua Bíblia Mateus 25.1-13

Imaginem que vocês vão visitar alguém que vocês conhecem há muito tempo. Vocês batem palmas no portão, mas ninguém aparece. Batem na porta, mas ninguém atende. Vocês sabem que tem gente em casa, pois ouvem vozes lá dentro e veem que as janelas estão abertas.

Já vão dando meia-volta quando ouvem a porta abrir e pensam: “acho que não nos ouviram, mas agora vão nos receber”. Quando olham para a porta, ela é fechada na cara de vocês e trancada. Vocês pensam que é uma brincadeira, ou que talvez seus amigos não morem mais ali, mas ainda insistem: “Ô compadre, abre a porta, somos nós!”

E então ouvem a voz conhecida do dono da casa, amigo de muitos anos, dizendo: “Vão embora, porque eu não conheço vocês!”

Isso seria uma grande decepção, um grande choque, não é mesmo? Seria uma tristeza ser tratado assim por pessoas que a gente considerava nossos amigos.

Pois é assim que foram tratadas as cinco moças despreparadas e sem juízo no evangelho de hoje. Elas estavam com outras cinco, esperando o noivo chegar para entrar na festa de casamento – eram como damas de honra do casal.

Essas cinco moças não se preveniram com óleo de reserva e, quando avisaram que o noivo estava vindo, elas ficaram sem óleo. As cinco que tinham óleo não lhes deram, pois assim todas poderiam ficar sem. Elas foram então comprar óleo e, quando voltaram, todos já tinham entrado na festa, pois o noivo tinha chegado.

Elas ainda tentaram entrar na festa, mas a porta estava trancada e quando gritaram pedindo para entrar, ouviram o noivo dizer: Eu afirmo a vocês que isto é verdade: eu não sei quem são vocês!

Jesus conta esta parábola com final triste para aquelas cinco moças porque quer nos dar um aviso muito importante: portanto, fiquem vigiando, porque vocês não sabem qual será o dia e a hora.

Nós não sabemos o dia e a hora do juízo final, nem quando será a hora de nossa morte. Mas é certo que em um destes dois acontecimentos teremos um encontro com Deus, e por isso precisamos estar sempre preparados.

Seria muito doloroso e trágico se nós chegássemos nesse encontro e ouvíssemos de Jesus essas duras palavras: “não conheço você!” Não seria uma grande decepção, um choque, um susto?

Talvez a gente pense que Jesus não seria capaz de dizer isso. Mas, por que não? Se Cristo dia e noite, semana após semana, nos chama e convida ao arrependimento, prometendo seu perdão e salvação, e nós muitas vezes nos fazemos de surdos, recusando-nos a conhece-lo a fundo na comunhão com ele, não deixando que ele guie nossos pensamentos, palavras, decisões e ações, não querendo viver como pessoas novas, transformadas por seu amor, o que mais Jesus poderia nos dizer no dia final? O “não conheço vocês” não seria o mínimo que ele poderia nos dizer?

Essas palavras duras de Jesus nos chocam sim, mas são reais. E se nós e todas as pessoas não mudarmos nossas atitudes diante de Deus, mantendo muito vezes uma religião só de aparências, como lemos na leitura de Amós hoje, então essas palavras serão ditas a nós, sem rodeios, no dia final.

Se Jesus já coloca essas palavras na parábola, é porque elas nos servem de aviso e, como sabemos, quem avisa amigo é. Mesmo que nós muitas vezes não sejamos amigos de Cristo, ele sempre é nosso amigo – o amigo que deu sua vida por nós na cruz quando nós ainda éramos seus inimigos, por causa do pecado que há em cada um de nós.

Jesus nos avisa enquanto há tempo de nos voltarmos para ele, nos arrependendo e tendo as mentes e a vida transformados por seu amor. Por isso, meus irmãos e irmãs, para entrarmos na festa do noivo Jesus, vigiemos! Estejamos sempre preparados, com as lamparinas acesas, isto é, com a fé acesa, viva, brilhante.

Como a luz das lamparinas era abastecida com óleo, a luz que é nossa fé é abastecida com um óleo especial – o ES de Deus. É na Palavra de Deus e nos Sacramentos que este óleo é abastecido em nós. Isso acontece nos cultos, estudos bíblicos, grupos e outras oportunidades que Deus nos dá para sermos energizados e movidos pelo ES para vigiar firmes na fé, fazendo o que nos diz Pedro em 2Pe 3.14-15a, 17-18: Por isso, meus amigos, enquanto vocês esperam aquele dia, façam o possível para estar em paz com Deus, sem mancha e sem culpa diante dele. Lembrem que a paciência do nosso Senhor é uma oportunidade para vocês serem salvos. Mas vocês, meus amigos, já sabem disso. Portanto, tomem cuidado para não serem levados pelos erros de pessoas imorais e para não caírem da sua posição segura. Porém continuem a crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Glória a ele, agora e para sempre! Amém!


          Para estar sempre prevenidos, precisamos, como diz Pedro, crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois o próprio Jesus quer nos manter vigilantes.

Isto é essencial, pois corremos o risco de viver como muitos cristãos, infelizmente, vivem: muitos vivem como cristãos e membros da igreja apenas exteriormente – só por tradição ou costume, só para as necessidades, só para ter benefícios da igreja e de Deus; muitos honram a Jesus com os lábios, no culto, mas seu coração, no dia a dia, está longe de Cristo. Enfim, são sem juízo, como as cinco moças da história, e por ficar longe da Palavra e Sacramentos acabam perdendo sua luz – a fé.

Quando as cinco pediram óleo para as outras, elas não emprestaram. Por quê? Isso não é egoísmo? Não. Isso nos mostra que assim como cada uma tinha que cuidar de sua lamparina e ter óleo suficiente para esperar o noivo, também a graça e a salvação de Deus são individuais e pessoais – não podem ser transferidas.

Ou seja, minha fé não pode ser dada para vocês ou salvar outra pessoa – ela só salva a mim, pois cada um precisa ter a sua fé em Cristo, cada um deve crer no Salvador para ter perdão e salvação!

Então, para entrarmos na festa do noivo Jesus, vigiemos! Vigiemos cada dia, vivendo em alegria na fé em Cristo. No dia do juízo será tarde demais para preparar-se. A porta será fechada e os desprevenidos e sem juízo ficarão de fora. Por isso não deixemos para preparar-nos e vigiarmos amanhã ou depois – nós não sabemos e amanhã estaremos vivos, não sabemos quando Deus vai nos chamar ou quando ele vem para o juízo final.

Para entrarmos na festa do noivo Jesus, vigiemos! Vamos viver em Cristo hoje, aqui na igreja e no dia a dia, na família e trabalho, no lazer e na escola, em todos os lugares e tempos. Os fiéis a Cristo entrarão na festa da salvação e se alegrarão com Jesus eternamente.

Enquanto vigiamos, junto com nossos irmãos na fé, convidemos outros para esta festa do noivo, Jesus Cristo. Ainda há lugar para muita gente, até o dia em que ele virá e aí sim fechará a porta.

Para entrarmos na festa do noivo Jesus, vigiemos! Prestemos atenção nas escolhas que fazemos, nas prioridades que temos, lembrando que o tesouro duradouro está no céu e não aqui no mundo. Jesus nos espera de braços abertos, e em vez de dizer que não nos conhece, quer nos receber com estas palavras: Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo (Mt 25.34).

Unidos a Jesus, vigiemos e seremos salvos! Amém.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

500 anos da Reforma Luterana

Em Jesus Deus nos torna santos!

Leia em sua Bíblia Jó 9.25-35

Quando você diz ou ouve o Credo Apostólico, o que você pensa na parte que diz “creio na santa igreja cristã – a comunhão dos santos”? Quem são esses “santos” e que comunhão é essa?
Na verdade, o hífen (-) colocado ali explica que a santa igreja cristã é igual (=) à comunhão dos santos. O hífen quer dizer “que é” ou “isto é”.
Essa comunhão dos santos não é simplesmente, como muita gente pensa, aquele grupo que já está na bem-aventurança do céu, ou os que foram considerados santos por obras especiais, como os “santos” que são lembrados no dia 1º de novembro, o “dia de todos os santos”.
Lutero, o reformador da Igreja, dizia que até uma criança sabe dizer o que é a comunhão dos santos – é o conjunto das pessoas que seguem a voz do Bom Pastor Jesus. Santos não são pessoas sem pecados, mas sim os pecadores que confiam em Jesus e são purificados por seu sangue.
Jó sabia que não era santo, pois diz em nosso texto que “o sabão não pode lavar os meus pecados; o sabão mais forte não pode limpar o mal que cometi”. Mas o mesmo Jó que diz no versículo 33 não haver juiz entre ele e Deus, diz mais tarde com toda a confiança: “Pois eu sei que o meu defensor vive; no fim, ele virá me defender aqui na terra” (Jó 19.25). Jó sabia que o defensor viria um dia. E ele veio – Jesus!
Somos santos? Não, somos pecadores. Somos santos? Sim, pela fé em Jesus somos feitos santos diante de Deus e pertencemos à comunhão dos santos por causa da santidade de Jesus, dada a nós desde o nosso batismo, que nos lavou de nossos pecados.
Em Jesus Deus nos torna santos! Esta é a mensagem central da Bíblia, da Reforma Luterana que estamos lembrando neste mês e também da nossa fé como membros da Igreja Evangélica Luterana do Brasil.
Que Deus nos dê sempre a santidade de Jesus, por arrependimento e confiança diários no perdão de Cristo, que Ele nos dá de graça, somente pela fé e somente através da Escritura, a Palavra de Deus.
E que cada vez mais e melhor cada um de nós anuncie às pessoas que encontramos no dia a dia que em Jesus Deus nos torna santos, para que muitos mais possam entrar na comunhão dos santos e ser salvos. Amém.