BEM-VINDO AO NOSSO BLOG!


Com muita alegria apresentamos o blog da Paróquia Evangélica Luterana Renascer em Cristo , com sede em Rio Branco, AC.


Além da sede, que fica no bairro Estação Experimental, no caminho do aeroporto, temos também um ponto de pregação aqui na capital no bairro Areal.


No interior atendemos Brasiléia, na divisa com a Bolívia, a 230 Km de Rio Branco, e Redenção e Ramal do Bigode, município de Acrelândia, a 110 Km da capital. Outro ponto de pregação fica na estrada que vai a Porto Acre, a 35 Km daqui.


Queremos compartilhar com vocês mensagens, fotos, informações e notícias de nosso trabalho, com o grande objetivo de levar Cristo para todos, especialmente em nosso estado e região, com é o lema de nossa IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil.


Um grande abraço, no amor de Cristo!



Pastor Leandro.






segunda-feira, 11 de março de 2013

QUE BOM SERMOS AMADOS PELO PAI!

Leia em sua Bíblia Lucas 15.1-3,11-32

O que levou Jesus a contar, em Lucas 15, três histórias ou parábolas: a ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido? O motivo vemos no versículo 2: Os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus, dizendo: "Este homem se mistura com gente de má fama e toma refeições com eles".

Geralmente convidamos a comer com a gente pessoas com as quais temos algum relacionamento, ou com quem queremos ter uma relação mais amigável. Na época e cultura de Jesus, isso era muito mais forte – comer com alguém era sinal de comunhão e aceitação.

Os fariseus e mestres da Lei achavam um absurdo Jesus não apenas se misturar com pessoas consideradas a ralé da sociedade, como cobradores de impostos, prostitutas, deficientes, mulheres e doentes, mas ainda sentar-se e comer junto com essa gente.

Jesus então conta as três parábolas, mostrando nas duas primeiras que há mais alegria no céu por uma dessas pessoas que se arrepende de seus pecados do que por várias que acham não precisar de arrependimento, como era o caso dos fariseus e escribas.

Nas duas primeiras temos uma ovelha que se perde do rebanho e seu pastor a busca e encontra, e uma mulher que perde uma moeda e a procura até encontrar. A terceira é um pouco diferente: são dois filhos que se afastam de seu pai, e este não os busca, mas os espera e acolhe de braços abertos quando voltam a ele.

Mas, não é apenas um dos filhos que vai embora, rejeitando o amor e companhia do pai e desperdiçando tudo o que recebeu de maneira irresponsável e inútil? Para responder a esta pergunta, vamos ver as características e atitudes dos três personagens principais: os dois filhos e o pai.

O filho mais novo:
-->  Pede sua parte na herança e vai embora, abandonando a família e mostrando pouco apreço ao pai, já que a herança normalmente é recebida depois da morte do pai;
--> Perde e desperdiça tudo o que recebeu, sendo irresponsável e egoísta. Então, passa necessidade e é humilhado, pois o cuidar de porcos é algo impensável no povo de Jesus;
--> No fundo do poço, cai em si, acorda para sua situação desesperadora e pecaminosa, e reconhece seu pecado;
 --> Volta humilde e pede perdão ao pai, sabendo que é indigno de seu amor.

O filho mais velho:
 --> Fica zangado com a atitude do pai em relação a seu irmão e não quer entrar na festa;
 --> Despreza o irmão e sente-se injustiçado, acusando o pai de não lhe tratar bem;
 --> Acha que o pai lhe deve por obedecê-lo por tantos anos, e não percebe que sempre teve o amor do pai inteiramente, e que o pai ama do mesmo modo o irmão mais novo.

O pai:
 --> Reparte a herança entre os filhos, mesmo não sendo esse o costume, e não prende nem repreende o filho mais novo;
 --> Vê o filho de longe, porque já o esperava, e corre para ele – sinal de grande amor;
 --> Abraça e beija o filho sujo e malcheiroso, não o despreza nem o repreende, mas o recebe e perdoa imediatamente;
 --> Cuida do filho e festeja imensamente a sua volta, pois era um filho morto e perdido;
 --> Mostra ao filho mais velho o que é mais importante para ele – a vida de seus filhos, e não as coisas materiais.

Assim, vemos, por suas atitudes e reações, que o filho mais velho também estava perdido, mesmo convivendo com o pai diariamente. O coração dele estava preocupado com o que seu irmão desperdiçou e com o que ele próprio deixou de ganhar do pai. Tinha raiva do irmão e ingratidão e indiferença como o pai. Não se sentiu feliz com a volta do irmão com vida para a família.
 
O pai ama os dois filhos igualmente. Tanto que também não repreende o mais velho, que estava lhe fazendo uma desfeita ao não entrar na festa, mas mostra que tudo o que tem é dele também e insiste em convidá-lo a festejar a restauração da vida do irmão.

Este pai amoroso, é claro, é nosso Deus. E o filho mais novo somos eu e vocês. E o filho mais velho? Somos eu e você também!

Ou não é verdade que nos afastamos de Deus, de seu amor e cuidado por nós, e buscamos muitas vezes o que está “longe”, lá fora – nossos desejos, os prazeres e ofertas do mundo, ouvindo nosso “eu” pecador em vez da voz amorosa de Deus em Cristo?

Ou então, quantas vezes pensamos que somos justos e por isso merecemos aplausos e recompensas de Deus, pois afinal estamos sempre na igreja, ofertamos, oramos, ajudamos o próximo, etc. E ainda pensamos que alguns são pecadores demais para estarem com a gente na mesma igreja, é melhor não ter muito contato com eles...

Somos assim mesmo: parecidos com o filho mais novo ou com o mais velho, muitas vezes com os dois. Ficamos sujos e malcheirosos com nossos pecados de luxúria ou de orgulho, e não merecemos ser chamados filhos do Pai.

Mas aí Jesus vem, se mistura com a gente e nos convida a comer com ele, nos mostrando que o seu Pai é puro amor, amor que recebe sempre de volta o pecador arrependido, como aquele pai queria receber os dois filhos na sua festa pela vida.

Jesus mostra que cada um de nós, cada ovelha, cada moeda, cada filho é amado igualmente e que, como diz Davi no Salmo 32, feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga!, porque, diz Paulo, Deus colocou sobre Cristo a culpa dos nossos pecados para que nós, em união com ele, vivamos de acordo com a vontade de Deus (2Co 5.21).

       Nosso Pai amoroso perdoa e apaga nossos pecados e de cada pecador que volta a ele reconhecendo que pecou. É sempre para Ele, para seu amor em Cristo e para sua graça que devemos olhar e buscar perdão. Se olhamos para o mal que cometemos ou para o bem que fizemos, ou nos comparamos com os outros, não teremos paz de coração e muito menos perdão.

O filho mais novo estava perdido e foi achado, estava morto e viveu de novo. Este filho sou eu, é você, pois como aquele filho ganhou do pai um recomeço com uma grande festa, nós a cada dia temos a chance de recomeçar, porque, como diz Paulo, quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo (2Co 5.17).

Que bom termos um Pai tão amoroso! Que bom podermos mostrar o amor deste Pai a outros filhos que ainda estão perdidos e mortos por causa do pecado!

Que bom nos sentirmos amados, acolhidos, perdoados e salvos assim, achados e vivos por Deus no amor de Cristo! Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário