4º Domingo após Trindade
Mateus 11.25-30
A Humildade que
Vale a Pena!
A humildade nos é tão difícil. Não
apenas um pequeno ato, mas viver sempre e em tudo de forma humilde. Isto quer
dizer: ter um comportamento tal que leve
o outro a sentir-se melhor e superior.
Como tu poderás conseguir algo assim?
Talvez te submetendo a uma rígida disciplina. Permitir que o outro fale e tu
escutes. Valorizar a opinião do outro sem apresentar tuas sábias ideias.
Motivar o outro, empurrá-lo para que ele progrida sem te preocupares contigo.
Alegrando-te com o seu sucesso sem ambicionares algo para ti. Talvez com muita
disciplina isto possa ser possível. O resultado disso será muito interessante.
Na maioria das vezes, os outros te tratarão como alguém sem importância. Te
ignorarão e talvez fiquem com a atenção que tu desejarias ou merecerias. Tu
serás esquecido e os outros ocuparão o centro das atenções. Tu sofrerás
castigos enquanto que outros serão prestigiados e receberão oportunidades. Se
tu és como a maioria das pessoas concluirás que é muito doloroso receber este
tipo de tratamento. É por isso que uma vida humilde é algo tão raro. Não há
quem queira pagar este preço.
Uma vida em humildade é valiosa por uma
série de razões. Viver em humildade, primeiramente, é indicativo de uma
avaliação honesta de si mesmo. A leitura da epístola desta semana é um exemplo
clássico de nossa verdadeira natureza. Somos inteiramente maus por natureza.
Tudo que podemos produzir é maldade. Nossa inclinação é para o pecado
unicamente. Não temos do que nos orgulhar. Reconhecer nossos pecados é uma
atitude honesta para conosco mesmos. Esta honestidade gera um resultado
adequado ao nosso caráter pecaminoso. É o caminho para encontrarmos a única
solução para o problema que temos com o nosso pecado. Este é saudável e conduz
à alegria.
Em segundo l ugar, a verdadeira
humildade tem no Reino de Deus um tratamento especial. Jesus apresenta este
ensinamento no Evangelho deste domingo. O tratamento preferencial que Deus dá a
seus filhos – aqueles que são maus por natureza – é o descanso do pecado. Esta
é a única solução para o crônico problema do pecado que mencionamos acima.
Finalmente, a vida humilde vale a pena, porque no Reino de Deus, o próprio rei
escolheu honrar o caráter de humildade por usá-lo ele mesmo. Em Zacarias 9.9-12
é revelado este fato. Isto significa que aqueles que adotam o caráter da
humildade encontram-se em alinhamento com as preferências do rei e assim acabam
por encontrar a paz. Nós poderíamos enumerar uma imensa lista de razões que
confirmam que vale a pena viver uma vida em humildade. Mas esta lista de
benefícios não é a solução. O problema é a nossa incapacidade de viver em
humildade. Em nossas condições naturais estamos impossibilitados de
reconhecermos nossa real situação. No que depender de nós não buscaremos a Deus
nem nos importaremos com o seu propósito para com a nossa vida. É mais fácil e
lógico assumir que somos nós que decidimos em relação a nós mesmos e fazemos o
que nos parece melhor. O fato triste de tudo isso é que como resultado disto
tornamo-nos escravos daquilo que para nós parecia ser expressão de liberdade.
Neste caminho enveredamos para a nossa própria destruição.
Nossa única esperança é Cristo. Somente
por meio dele podemos viver em humildade. Ele mostrou que sabe o que é
humildade quando ele enfrentou a cruz em nosso lugar. Ele humildemente assumiu
a culpa pelos nossos pecados, aceitando-a em nosso lugar. Não buscava os seus
interesses, mas desejava que nós tivéssemos um tratamento diferenciado por
parte do Pai, mesmo que isso significasse que ele suportaria o castigo que nós
merecíamos por causa da nossa rebelião contra o Pai. Ele fez isso para que nós
pudéssemos nos despir do nosso arrogante comportamento e nos vestir com o seu
caráter humilde, que é o uniforme do seu reino. Jesus viabilizou isto com sua
morte na cruz. Três dias depois ele ressuscitou para aplicar todos estes
benefícios à vida de cada um de nós, quando somos batizados. Temos a
possibilidade de vivermos uma vida em humildade. Aproveitemos a oportunidade.
Se tu tiveres dificuldades por falar demais, tenta ouvir mais. Se tens sempre o
desejo de corrigir os outros, tenta realçar os teus acertos. Se teu problema é
criticar a ideia dos outros, avalia a possibilidade de usar estas ideias para
promover mudanças.
(Portas Abertas
19 e Preciso Falar 26, pp. 171-173)
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