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Com muita alegria apresentamos o blog da Paróquia Evangélica Luterana Renascer em Cristo , com sede em Rio Branco, AC.


Além da sede, que fica no bairro Estação Experimental, no caminho do aeroporto, temos também um ponto de pregação aqui na capital no bairro Areal.


No interior atendemos Brasiléia, na divisa com a Bolívia, a 230 Km de Rio Branco, e Redenção e Ramal do Bigode, município de Acrelândia, a 110 Km da capital. Outro ponto de pregação fica na estrada que vai a Porto Acre, a 35 Km daqui.


Queremos compartilhar com vocês mensagens, fotos, informações e notícias de nosso trabalho, com o grande objetivo de levar Cristo para todos, especialmente em nosso estado e região, com é o lema de nossa IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil.


Um grande abraço, no amor de Cristo!



Pastor Leandro.






domingo, 11 de março de 2012

NÓS PREGAMOS O CRISTO CRUCIFICADO!


Leia em sua Bíblia 1 Coríntios 1.18-31.


O que a sua igreja proíbe? O que ela prega? “Nossa, você é evangélico e pode usar isso, beber aquilo, fazer tal coisa!”

Talvez você tenha ouvido essas frases ou outras parecidas. Num Brasil cada vez mais “evangélico”, está ficando difícil saber o que se entende por “evangélico”, ao mesmo tempo em que praticamente todos os cristãos não católicos são classificados de “evangélicos”.

Para muitos, ser “evangélico” significa estar num grupo onde há bastante apelo às emoções e muitas regras e obrigações, como a oferta obrigatória de 10% dos seus ganhos e a proibição de comer ou beber certas coisas ou usar certas roupas, por exemplo. As regras destes “evangélicos” variam muito entre as centenas (ou milhares) de denominações que se auto-intitulam “igreja evangélica”.

Para outros, ser “evangélico” é estar numa denominação onde o ponto principal é a busca pela prosperidade material, saúde e felicidade física e emocional, e onde normalmente há “campanhas”, “correntes” ou “passos” de fé para se alcançar esta prosperidade.

Nestes grupos, Jesus é pregado, é claro. Mas, infelizmente, Ele geralmente é colocado ou como um novo Moisés, dando novas leis e regras que as pessoas devem seguir para serem abençoados, e um juiz que vigia para ver quem cumpre ou não suas ordens; ou então é apresentado como um grande curandeiro, milagreiro e distribuidor de bênçãos materiais, quase como o gênio da lâmpada das histórias infantis.

Pouco ou nada se ouve, nesses grupos “evangélicos”, sobre o Cristo que o apóstolo Paulo pregava e que nos é apresentado na epístola de hoje. Parece que Paulo está falando de outro Jesus e que não está na igreja “evangélica” certa.

E é isso mesmo: Paulo fala de um outro Cristo, bem diferente deste que é anunciado, usado e abusado em muitas denominações hoje em dia. Ele diz no v. 23: Mas nós anunciamos o Cristo crucificado – uma mensagem que para os judeus é ofensa e para os não judeus é loucura. E para não deixar dúvida, logo depois, no capítulo 2 ele repete: Porque, quando estive com vocês, resolvi esquecer tudo, a não ser Jesus Cristo e principalmente a sua morte na cruz (2.2).

O Cristo pregado por Paulo, pelos evangelistas e apóstolos e por toda a Bíblia é o Cristo crucificado, que era uma ofensa e escândalo para os judeus e uma loucura para os gregos e outros não judeus.

O Cristo crucificado, que veio ao mundo para cumprir a Lei de Deus, da qual falam os textos do AT e Salmo do terceiro domingo na Quaresma (Êx 20.1-17, Sl 19), em nosso lugar, pois não podemos cumpri-la de modo algum, e que veio também para morrer na cruz por todos os pecadores, pagando o preço e o castigo pelos nossos pecados e nosso descumprir da Lei de Deus – este Cristo era e ainda é hoje uma ofensa e escândalo para muita gente, e loucura para outros tantos.

Sim, meus irmãos, o Cristo crucificado é uma ofensa e escândalo para aqueles que buscam nele apenas bem-estar físico e material. Era assim para os judeus da época de Jesus e Paulo, que em sua maioria esperavam um salvador político e distribuidor de bênçãos materiais.

Vemos isso, por exemplo, quando Jesus alimenta uma multidão multiplicando pães e peixes em João 6. O povo procura Jesus no dia seguinte para buscar mais comida grátis (Jo 6.26), mas quando Jesus disse que veio como o Pão do céu, no qual deveriam crer (Jo 6.29,35) para serem salvos da morte eterna (Jo 6.40), foi criticado e muitos o abandonaram (Jo 6.41,42,66).

Hoje também é assim: muita gente não quer ouvir falar de pecado, condenação eterna, Cristo crucificado para dar vida eterna e perdão. Buscam religiões e igrejas que pregam o Cristo milagreiro, que satisfaz as necessidades físicas e materiais para o aqui e agora, exatamente como os judeus que seguiam Jesus. É o que chamamos de teologia da prosperidade ou da glória, pois se quer ter a glória do céu aqui no mundo, já, aqui e agora.

Para outros Cristo crucificado é loucura, pelo mesmo motivo que era para os gregos no tempo de Paulo: se eu não posso compreender lógica e racionalmente como um homem considerado santo e filho de Deus acabou morto como um terrível bandido e, mais irracional ainda, que ele ressuscitou dos mortos, então isso é loucura para mim.

No meio disso tudo, onde há “evangélicos” que pouco ou nada pregam realmente do Evangelho, isto é, a boa nova da salvação e perdão gratuitos dados por Cristo, pela fé nele e somente pela graça de Deus – e por isso nem deveriam usar o título de “evangélicos”, e onde há tanta gente cética e dura de coração, estamos nós, cristãos da IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil.

E o que nós, cristãos luteranos, pregamos? Simplesmente pregamos o mesmo que Paulo: nós pregamos o Cristo crucificado! O Cristo que morreu e ressuscitou para nos dar o perdão dos pecados, vida e salvação eterna. O Cristo que prometeu e enviou o seu ES, que nos dá e mantém na fé pela sua Palavra, Batismo e SC. O Cristo que promete que nada nos faltará enquanto vivemos neste mundo, onde sofremos mas temos a vitória por meio dele (Jo 16.33), pois Ele sempre está conosco, como prometeu em Mateus 28.

Nós pregamos o Cristo crucificado! O Cristo que é o poder e a sabedoria de Deus, como diz Paulo (1.24), e por meio de quem somos aceitos por Deus, nos tornamos o povo de Deus e somos salvos, como lemos no v. 30.

Nós pregamos o Cristo que, se viesse fisicamente ao mundo hoje, provavelmente faria em muitos templos o que fez no templo de Jerusalém, como lemos no Evangelho de hoje: faria uma limpa onde estão comerciando a Palavra de Deus e vendendo suas bênçãos, e diria a muitos: Parem de fazer da casa do meu Pai um mercado! (Jo 2.16).

Nós pregamos o Cristo crucificado! O Cristo que dá significado profundo e verdadeiro à palavra “evangélica” no nome de nossa igreja: o Cristo que veio para libertar do pecado e da lei, e não escravizar-nos a leis e regras humanas; o Cristo que veio dar a maior benção – a salvação eterna, de graça, e não prometer-nos o paraíso aqui no mundo, em troca de nossas ofertas ou obras; o Cristo que convida, oferece e dá vida verdadeira, e não obriga, não oprime nem aprisiona ninguém.
 
Nós pregamos o Cristo crucificado! Pregamos o Cristo que é único Caminho que leva a Deus, a única Verdade que salva e satisfaz e a única Vida que é perfeita e dura muito além da vida neste mundo, mas que passou pela cruz para ser tudo isso e, por isso, chamamos esta pregação de teologia da cruz.
 
Muita gente, meus irmãos, precisa conhecer este Cristo, para crer nele e torna-se um verdadeiro evangélico, isto é, alguém que é salvo pelo Evangelho do Cristo crucificado e vive pelo Evangelho do Cristo ressuscitado. Vamos então cada vez mais e melhor, com o poder de Cristo em nós, pregar o Cristo crucificado, o Cristo Salvador! Amém.
 

2 comentários:

  1. Excelente texto, Pastor Leandro. Encontrei-o num motor de busca e o considero muito sensato. Obrigado

    Pato Branco (PR)

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  2. Quantas Igrejas Cristãs deve existir?
    É correto tantas divisões. Afinal Paulo diz: "Maridos amai vossas mulheres como Cristo amou a sua Igreja".
    Qual é a Igreja que Cristo amou e morreu por ela?
    Não pode ser várias, isso seria incoerência.
    Fiquem com DEUS.

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